O ídolo do Flamengo, Léo Moura, e agora empresário viu ser nome ser vinculado a uma polêmica política. Isso porque neste domingo, 09, o portal Estadão divulgou uma reportagem na qual informa que a ONG do ex-lateral direito de Flamengo e Grêmio recebeu uma verba recorde pública em 2021 da Secretaria Especial do Esporte do Governo Federal. A entidade do jogador promove treinamento de futebol para crianças e adolescentes.
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De acordo com a publicação, uma suposta proximidade do ex-jogador com políticos aliados ao governo do atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), colaborou para que ele recebesse tal auxilio. O veículo divulgou que desde 2020, os “padrinhos” dos pagamentos à ONG que mais chama a atenção são o deputado bolsonarista Luiz Lima (PSL-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), ex-presidente do Senado. Tal associação teria sido feita também pelo fato de o empresário ser apoiador do presidente Jair Bolsonaro.
Os valores depositados a ONG chamaram atenção tendo em vista que ao todo o Instituto recebeu mais de R$ 41,6 milhões (36,5%) do chamado “orçamento secreto”, que ainda de acordo com o Estadão o repasse faz parte de uma prática comum entre “aliados do Planalto”, onde bilhões de reais do dinheiro arrecadado pelo país são enviado para parlamentares, sem necessariamente um critério estipulado, e que visa um apoio político no Congresso Nacional.
Foto: Ricardo Ramos / Getty Images | Léo Moura atuou por cerca de 10 anos no Flamengo
Segundo números divulgados pelo portal, O Instituto Léo Moura recebeu, apenas entre 2020 e 2021, mais do que as confederações de esportes olímpicos, como a Confederação de Desportos Aquáticos (R$ 9,1 milhões), Ginástica (R$ 8,4 milhões), Vôlei (R$ 8,4 milhões) e Boxe (R$ 7,1 milhões). Além disso o valor seria o dobro do recebido pela Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBD), que é a segunda colocada, com R$ 27,5 milhões. De acordo com especialistas, repasse a ONG de Leonardo Moura é considerado além do comum. Já o Ministério da Cidadania, o qual a Secretaria Especial do Esporte está ligada, alega que esses repasses são obrigatórios e arbitrários de acordo com a decisão dos políticos.
Léo Moura que realiza trabalhos sociais desde 2012, concedeu entrevista ao Estadão na qual reforçou a credibilidade do instituto. “Sinto-me um cara abençoado por ter sido agraciado com essas verbas e estar podendo ajudar muitas crianças. (…) Sempre tive o sonho de fazer esses projetos sociais. Tirei do papel para poder começar esse trabalho no Rio e hoje, graças a Deus, a gente está podendo expandir em nível nacional.”, disse.