Charles do Bronx vai entrar no octógono para disputar o cinturão peso-leve na luta principal doUFC 280, emAbu Dhabi, no próximo sábado (22). O brasileiro busca retomar o cinturão, que atualmente está vago,contra o russoIslam Makhachev. No entanto, ele deve enfrentar outro adversário nos Emirados Árabes: a torcida. Muçulmano, o oponente de Charles conta com apoio local pela ligação com areligião, além de serbastante conhecido no país.
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Para o treinadorRamon Lemos, que está à frente da Seleção dos Emirados Árabes no MMA, o brasileiro não terá o apoio do público.”Eu acho que o Charles vai lutar contra a torcida. Não por causa do jiu-jítsu dele, e sim por causa da religião. É um país muçulmano, 100% muçulmano, o adversário dele é muçulmano. Então existe uma afinidade através da religião. Acho que ele vai lutar contra a torcida aqui, mas nós estaremos lá para pelo menos dar o nosso grito de campeão, dar um aperto de mão nele. Vai ser bem bacana”, afirma, em entrevista ao site Combate.
De acordo com Lemos, Charles não é tão “reconhecido e admirado”no Oriente Médio, apesar de ter sido campeão e, no momento, ser um dos rostos do UFC. Em seu currículo, o brasileiro finalizou 16 oponentes, recorde na organização. Ele acabou perdendo o cinturão dos leves por não bater o peso contraJustin Gaethje no UFC 274, mesmo ganhandoo combate posteriormente. Atualmente, ele defende uma invencibilidade de 11 lutas no Ultimate.
A variedade de golpese o amadurecimento dentro do octógono coloca Do Bronxcomo o favorito no combate contraMakhachev, analisa Lemos.”[…] A forma que ele está pensando, a confiança, acreditando que ele pode, que independentemente do adversário, do que país que venha, se tem mão boa ou não. Ele tem mão para derrubar, ele tem perna para nocautear, ele tem finalização, ele pode derrubar, ele pode lutar por baixo, ele pode lutar por cima. Eu acredito que a mente dele hoje acredita que ele pode ser um campeão em qualquer formato que a luta venha ocorrer. E isso é um ponto forte. E ele se sente confiante e agressor em qualquer situação. Eu acho que esse é o ponto forte do Charles hoje”, avalia o treinador.