Existiu dois Baltimore Ravens (10-7) na temporada regular: um com e outro sem Lamar Jackson, o principal nome da franquia. O quarterback não se recuperou há tempo de uma lesão no ligamento cruzado posterior do joelho e está fora do começo dos playoffs. O problema acabou sendo crucial para o término da campanha, que liderou boa parte da AFC Norte, mas perdeu fôlego e foi ultrapassada pelo Cincinnati Bengals. A segunda vaga de wildcard veio, mas a principal notícia da pós-temporada está na qualidade da defesa. Em nossa prévia para os playoffs da NFL, confira uma análise sobre o Ravens!
Destaques: jogo terrestre tornou-se o carro-chefe nos dois lados do campo
Uma qualidade indiscutível do Ravens se baseia no jogo terrestre, tanto no ataque como na defesa. No combate ao adversário, simplesmente um dos melhores da NFL: 3º que menos cede jardas por jogo (92.1). Isso costuma ser visto com eficiência contra terceiras descidas e em lances de end zone. Resultado: 3º time que menos cede pontos por jogo (18.5). Entre os principais nomes, a contratação do linebacker Roquan Smith na semana 9 elevou o nível defensivo de Baltimore. Outros destaques: o cornerback Marlon Humphrey e o linebacker Patrick Queen que chegam à pós-temporada em alta.
Já o ataque pelo chão se mostrava efetivo ainda com Lamar Jackson saudável, uma vez que o quarterback tem como uma de suas características correr com a bola. Isso continua sendo a principal arma ofensiva: é o 2º melhor time em jardas corridas por jogo (160.0) da liga. Sem o camisa 8, o running back J. K. Dobbins, com média de 5.7 jardas por tentativa de corrida, e o running back Kenyan Drake, com quatro touchdowns no ano, assumem o protagonismo no jogo terrestre.
Ponto de atenção: ataque ineficiente sem Lamar Jackson
Com a ausência de Lamar, o Ravens sofre para anotar pontos. Desde a sua lesão diante do Denver Broncos no começo de dezembro, o ataque não conseguiu ultrapassar os 17 pontos em nenhuma partida da reta final da temporada. Em média, foram 12.5 pontos por jogo nas últimas cinco partidas - o segundo menor da NFL, uma queda de 17 pontos se comparado às 12 primeiras semanas do ano. Reserva, Tyler Huntley surge como principal opção, apesar de apresentar retrospecto negativo: mais interceptações (3) do que touchdowns (2). Ele permanece como dúvida por lesões no ombro e no pulso. Como terceiro quarterback, sobra o calouro Anthony Brown com duas partidas de experiência na NFL e nenhum TD.
O que vale ficar de olho: grupo de wide receivers e Mark Andrews
Não é somente o desfalque de Jackson que causa a dificuldade na produção do ataque. O grupo de wide receiver, mais especificamente do trio Demarcus Robinson, DeSean Jackson e Sammy Watkins, é o menos eficiente da NFL - nenhum passou das 500 jardas. Dos três, apenas Robinson anotou touchdowns (2). Principal nome, Rashod Bateman voltou a sofrer com lesões e está fora da temporada por mais um ano. Assim, o tight end Mark Andrews vira o centro das atenções na busca de concluir jogadas. Ele é o principal recebedor do time no ano com 847 jardas completadas e cinco touchdowns. Sem Lamar, o Ravens vai precisar se superar para pensar em voos maiores nos playoffs.
Nome para estar atento: o kicker Justin Tucker, que acertou 9 de 14 field goals de 50 jardas ou mais na temporada.
Quando joga pelos playoffs da NFL?
Fora de casa, o Baltimore Ravens visita o Cincinnati Bengals neste domingo (15), às 22h15, horário de Brasília.
