Azarão na NFC Leste, o New York Giants(9-7-1) chegou aos playoffscom uma das vagas de wildcard da conferência, com a segunda melhor campanha entre os não-campeões de divisão. Fim do incômodo jejum de seis anos longe da pós-temporada. Em reconstrução, o time viveu um ano de ajustes comandado pelo técnicoBrian Daboll, que surpreendeu comresultadoslogoem seu primeiro ano como técnico principal.Em nossa prévia para os playoffs daNFL, confira uma análise sobre o Giants!
- Tênis: Bia sofre virada de russa e cai na estreia de Cincinnati
- Olimpíadas 2024: Flávia Saraiva quase perdeu final após corte
Destaques: evolução de Jones e escolhas táticas de Daboll
Daniel Jones e Giants é um casamento que ganhou uma nova sobrevida nesta temporada.Draftado em2019, o quarterback mostrou uma nítida evolução apresentando os seus melhores números em diversos quesitos na NFL, comojardas lançadas (3205), correndo com a bola (708 jardas) e, em especial, o menor número de interceptações na carreira (5). Foram 15 touchdowns e um desempenho maduro, com destaquepara as últimas partidas da campanha. O ataque ainda não se igualaa de outras potências da NFC (o pior entre os classificados aos playoffs), mas apresenta boas perspectivas visando o futuro.
Em entrevista ao Bolavip Brasil, Tiago Tamarozzi eLennon Guidolini, do Papo de Gigantes, podcast do Giants no Brasil, há também outra característica vista em Jones: a de saber onde está os próprios erros.
“O que o Jones mostrou nesses quatros anos de Giants é que ele é resiliente, persistente e, o mais importante na nossa opinião, ele sabe onde quais são os erros dele e está disposto a evoluir. Ele ainda precisa melhorar a progressão de leitura de passe, mas os turnovers parecem que estão cada dia mais no passado. Os números dele, inclusive, superam os de Eli Manning em seusquatro primeiros anos nafranquia. Se tiver que avaliar a evolução dele, seriauma nota 7 de 10”, avaliam.
Para a dupla, Brian Daboll tem grande responsabilidadeem recolocar o time nos trilhos e classificar à pós-temporada.”O mérito, ao nosso ver, foi tático, o time jogou os fundamentos bem demais. Daboll conseguiu colocar o ‘abc’em campo com um jogo corrido forte com bons bloqueios, abrindo espaço pelas trincheiras. Com a ameaça constante do jogo corrido, Jones utilizou de read-option e play-action, isso criou bastante espaço para passes. […]Na defesa,mesmo repleta de jogadores não tão talentosos, conseguiu se imporabusando de blitz e com inúmeros jogadores de secundária para marcar os passes”, analisam.
Brian Daboll ocupa o cargo de técnico principal em uma franquia pela primeira vez na carreira. Créditos: Mitchell Leff/Getty Images
Ponto de atenção: defesa no jogo terrestre
A defesa é o principal calcanhar de Aquiles do Giants. 8ª pior da NFL em jardas por partida (358.2), o time sofre, especialmente, com o jogo terrestre adversário. Em média, o time nova-iorquinho cede um campo considerável: 144.2 jardas por partida pelo chão. Isso pode ser um fator chave por conta da intensidade dosplayoffs, uma vez que expõe a defesa e aumenta o risco do desgaste em uma campanha longa do oponente.
O que vale ficar de olho:Saquon Barkley e aspecto de ‘franco atirador’
Longe de ser apontado como um candidato aos playoffs no começo da campanha, o Giants surpreendeu com um início arrasador: seis vitórias e uma derrota. Entre os triunfos, derrotou Baltimore Ravens (24-20)e Jacksonville Jaguars (23-17), duas equipes classificadas àpós-temporada. A inexperiência de Jones nos playoffs somado ao começo de trabalho de Daboll põe o Giants como um postulante que não tem nada a perder. Falta descobrir como o time sem uma pressão evidentechegará à pós-temporada após seis anos.
Nomepara estar atento: o running back Saquon Barkley, o 4º com mais jardas corridasna NFL, além de anotar dez touchdowns.
Quando joga pelos playoffs da NFL?
Sem mando de campo, o New York Giants visita o Minnesota Vikings neste domingo (15), às 18h30, horário de Brasília.