Favoritaço na AFC Leste, o Buffalo Bills não decepcionou: conquistou 13 vitórias e apenas 3 derrotas, ganhando a divisão pela terceira temporada seguida. A melhor campanha da conferência bateu na trave (terminou em 2º), sacramentada pelo cancelamento da partida contra o Cincinnati Bengals. O Bills acabou sendo protagonista do principal momento da temporada: a superação do safety Damar Hamlin. Além disso, a equipe chega aos playoffs com o quarterback Josh Allen em modo MVP, apesar de alguns problemas no ataque. Em nossa prévia para os playoffs da NFL, confira uma análise sobre o Bills!

Josh Allen ainda busca o seu primeiro título de Super Bowl
© Créditos: Rey Del Rio/Getty ImagesJosh Allen ainda busca o seu primeiro título de Super Bowl

Destaques: Josh Allen em alta e time completo dos dois lados do campo  

Josh Allen continua sendo um porto seguro do Bills. Em outra grande temporada, o quarterback mostrou que, em seu melhor nível, torna-se difícil ser parado: lançou 35 touchdowns (2º melhor na liga) e 14 interceptações para 4283 jardas. Com a sua liderança, o time ostenta o 2º melhor ataque da NFL em pontos (28.44), eficiência (67,92%) e jardas por jogo (397.6). São números que comprovam o quão imponente o setor ofensivo costuma ser diante de seus adversários. Outro destaque, o wide receiver Stefon Diggs, o principal alvo de Allen, também brilhou em mais um ano: completou 108 recepções (4º na liga) para 1429 jardas e 11 touchdowns - o seu recorde na carreira. 

De elenco estrelado, o Bills confirmou por que é um time dos mais completos: a defesa também é uma das melhores da NFL. Nem mesma a perda do lesionado linebacker Von Miller afetou drasticamente o desempenho defensivo. Na temporada, terminou como a 2ª que menos cede pontos por partida (17.8) e empata na 4ª posição em takeaways (27). Nem mesmo a pós-temporada chega a ser uma novidade: estiveram presentes nos últimos dois anos, criando uma experiência necessária para o elenco. 

À frente do Bills há seis anos, o técnico Sean McDermott ainda não chegou ao Super Bowl. Créditos: Sean McDermott

À frente do Bills há seis anos, o técnico Sean McDermott ainda não chegou ao Super Bowl. Créditos: Sean McDermott

Pontos de atenção: excesso de turnovers e defesa no passe em profundidade

Ainda que Allen transmita segurança, há um número curioso e, ao mesmo tempo, preocupante no ataque: o alto número de drops. Isto é, quando o recebedor não consegue segurar a bola vinda do quarterback. O Bills ocupa a 2ª posição com mais drops na NFL, com 31. A estatística revela outra fragilidade: o excesso de turnorvers (27). O time não perdeu tempo e adicionou os wide receivers Cole Beasley e John Brown na busca de corrigir as deficiências. Na defesa, um dos calcanhares de Aquiles no setor é o passe em profundidade, visto que permitiu uma taxa de conclusão de 41,8% em passes de 20 ou mais jardas aéreas.

O que vale ficar de olho: retorno de lesionados e motivação por Damar

Na pós-temporada, o Bills deve poder contar com importantes retornos de lesionados: do safety titular Micah Hyde e do wide receiver Jamison Crowder. Enquanto Hyde seria um reforço na ausência de Damar Hamlin, Crowder surge como mais uma opção na tentativa de fornecer mais consistência entre os recebedores. A dupla eleva o nível do Bills, sobretudo em confrontos de peso que estarão por vir nos playoffs. Mas não há números que resuma um sentimento: a motivação causada pela superação de Hamlin, que sofreu uma parada cardíaca em campo. O atleta recebeu alta e se recupera em Buffalo, mas não deixou de estar próximo e conversar com os companheiros, o que uniu ainda mais a equipe. Por Damar, o Bills, que vem entre os favoritos, ganhou uma razão especial para chegar ao Super Bowl. 

Outro nome para acompanhar: o running back Nyheim Hines, que retornou dois punts para touchdowns contra o New England Patriots, na semana 18. 

Quando joga pelos playoffs da NFL?

Em casa, o Buffalo Bills recebe o Miami Dolphins neste domingo (15), às 15h, horário de Brasília.