Três largadas, duas bandeiras vermelhas e somente 12 carros chegando ao fim. O caos tomou conta do GP da Austrália de Fórmula 1, que ocorreu na madrugada deste domingo (2). Mesmo com uma chuva de ultrapassagens, toques e abandonos na corrida, Max Verstappen saiu como o vitorioso no Circuito de Albert Park, em Melbourne, após superar o ímpeto inicial da Mercedes. Lewis Hamilton e Fernando Alonso, da Aston Martin, completaram o pódio. 

Verstappen venceu a segunda etapa no ano
© Créditos: Robert Cianflone/Getty ImagesVerstappen venceu a segunda etapa no ano

Como foi o GP da Austrália de F1

Pole, Verstappen não fez uma boa largada e foi superado por George Russell, da Mercedes, antes da conclusão da primeira curva. Hamilton aproveitou o momento e, logo na segunda curva, colocou lado a lado com Max para tomar a 2ª posição. Logo atrás, Carlos Sainz ultrapassou Alonso para ser o 4º. O seu companheiro de Ferrari, Charles Leclerc, não teria a mesma sorte: colidiu com Lance Stroll e parou na brita. Fim de prova para o monegasco e safety-car chamado para a pista. 
Pouco depois da relargada, Alexander Albon, da Williams, que vinha em uma inesperada 6ª colocação, perdeu a traseira na curva seis e bateu forte na barreira de pneus, abandonando. Novo safety-car acionado, o que causou um momento de pressa da Mercedes: chamou Russell, então na liderança, aos boxes para colocar pneus duros para ir até o fim. No entanto, a direção de prova decidiu aplicar uma bandeira vermelha, paralisando a prova, na busca de limpar os detritos deixados pela escapada de Albon. Russell, assim, caiu para a 7ª posição.
Na relargada, Hamilton suportou as investidas de Verstappen, que ainda não podia abrir a asa móvel. Na volta 12, não houve nem disputa: o holandês passou tranquilamente pelo heptacampeão com a asa aberta e assumiu a liderança. Mais atrás, Sergio Pérez, que largou em último, vinha protagonizando ultrapassagens e escalando o pelotão para se aproximar do top 10. Na volta 18, Russell deu adeus ao GP: a sua Mercedes começou esfumaçar pela traseira, andar lentamente e, depois, pegou fogo. 
Enquanto Verstappen abria vantagem e fazia uma corrida à parte, Pérez entraria no top 10 após superar Oscar Piastri e Yuki Tsunoda. Sainz, enfim, encontraria uma brecha para ultrapassar Pierre Gasly e ser o 4º. À frente, Alonso se aproximava de Hamilton, que conseguiu administrar uma diferença segura para o espanhol. 
Na volta 43, Pérez finalmente passou Lando Norris e, em seguida, Nico Hülkenberg, chegando a 7ª posição. Cinco voltas depois, Verstappen deu uma leve escapada e passeou na grama, perdendo 4s de vantagem para Hamilton, que seguia longe do bicampeão. A cinco voltas do fim, Kevin Magnussen colocou emoção de volta: bateu no muro, fazendo o seu pneu ir para o meio da pista e causando um safety-car. Veio a posição de uma nova bandeira vermelha, fazendo Max esbravejar pelo rádio. 
Na relargada, o caos se instaurou: Sainz tocou em Alonso, que rodou e caiu para as últimas posições. Gasly, que buscou desviar da dupla, saiu da pista, andou pela grama e voltou acertando em cheio o seu companheiro de Alpine, Esteban Ocon. Logan Sargeant, da Williams, foi outro que não completou a curva dois e bateu em Nyck De Vries, da AlphaTauri. Na liderança, Verstappen escapou do tumulto, assim como Hamilton, que se manteve em 2º. 
Com tantas colisões, outra bandeira vermelha. Desta vez, a direção de prova voltou atrás: haveria uma saída em movimento, com os pilotos seguindo a ordem da relargada anterior. Alonso, saiu de 11º e voltou a ser o 3º. Enquanto Sainz, então em 4º, recebeu uma punição de 5s pela batida no espanhol e sairia dos pontos. O fim seria em anticlímax: os carros acompanhando o safety-car e cruzando a última volta sem disputas, com Verstappen garantindo a segunda vitória no ano.
O top 10 do GP da Austrália ficou: Verstappen, Hamilton, Alonso, Stroll, Pérez, Norris, Hülkenberg, Piastri, Guanyu Zhou, Tsunoda e Valtteri Bottas.