Em uma entrevista ao podcast de Rica Perrone, Tiago Leifert defendeu o voto nulo nas eleições presidenciais que vão ser realizadas neste ano no Brasil. Foi o suficiente para o ex-apresentador da Globo ser amplamente criticado nas redes sociais, inclusive trocando farpas com o influencer e youtuber Felipe Neto.

Tiago Leifert procurou se defender das críticas que vem recebendo
© Reprodução/GloboTiago Leifert procurou se defender das críticas que vem recebendo

Nesta terça-feira (07), Leifert resolveu falar sobre a onda de críticas que vem recebendo por sua posição e procurou rebater as alegações. "Uma coisa que me incomoda muito é o tom professoral, que são essas pessoas aqui da internet que, por terem um número alto de seguidores ou por escreverem em um portal grande, ou por escreverem para um jornal importante, se acham enviadas do céu, acham que desceram lá de cima para iluminar seres inferiores como eu e você", iniciou o jornalista em vídeo postado no Instagram.

"As pessoas vêm para te instruir e me instruir. Para ensinar para nós o que a gente deve pensar, o que a gente deve fazer. Todas as críticas vieram nesse tom professoral. Fui chamado de covarde, imbecil, burro, falaram que eu não sei nada sobre a vida, que eu preciso aprender. Por que eu não posso falar o que eu penso? Por que, ao dizer o que eu penso, eu sou xingado?", questionou ele em seguida.

 

Reagindo às críticas

Na sequência, o ex-apresentador do BBB confessou que errou ao falar sobre as eleições durante o podcast. "Eu cometi um erro grave: eu falei como eu penso politicamente", ressaltou, acusando as pessoas que criticaram sua postura de "antidemocráticas". "Olha que coisa curiosa: as pessoas que vieram defender a democracia, que falam que eu sou uma ameaça à democracia porque vou votar nulo, elas são as primeiras a dizer que você é um imbecil, idiota porque você pensa diferente delas. Na minha cabeça, isso é a coisa mais antidemocrática do mundo", disse.

"Me pareceu sabe o quê? Polícia dos costumes, uma polícia virtual dos costumes que fica com o cassetete na mão esperando alguém discordar. [...] Se você acha que a democracia está sob ameaça, você não pode defender a democracia se transformando também em uma ameaça a ela, tentando silenciar o debate e humilhar quem pensa diferente. É o básico", complementou Leifert.

Então, ele assumiu que o vídeo pode não finalizar as críticas a seu respeito. "Sei que não vai adiantar, sei que eu vou continuar sendo chamado de burro porque não estou entendendo nada, mas confia em mim: eu estou. É exatamente por isso que o país está dividido. Vocês [responsáveis pelos ataques e críticas] só ajudam a piorar a situação", acusou Leifert, acrescentando ter a certeza de que parte dos eleitores se mantém calada, sem querer se pronunciar. "A gente precisa dar o direito das pessoas de falar o que elas estão pensando. Debater com calma. As pessoas às vezes não querem entender, não querem conversar."