Na próxima semana, ‘Pantanal’ chega ao seu capítulo 100 e inúmeros acontecimentos inesperados terão início com o casamento de Juma (Alanis Guillen) e Jove (Jesuita Barbosa), e Muda (Bella Campos) e Tibério (Guito). A celebração em si, aliás, já vai trazer muitas surpresas.

Casamentos de Muda e Tibério, e Juma e Jove vão agitar a novela
© Globo/João Miguel JúniorCasamentos de Muda e Tibério, e Juma e Jove vão agitar a novela

Tudo começa quando o padre (Cacá Amaral) chega antecipadamente à fazenda de José Leôncio (Marcos Palmeira) para conhecer os noivos, e descobre que Juma não é sequer batizada. Apesar de toda a confusão que encontra por lá, o padre fica muito tocado com o amor que enxerga nos quatro noivos, o que faz com que ele se sinta à vontade para realizar a cerimônia.

Juma (Alanis Guillen) pronta para o casamento – Foto: Globo/João Miguel Júnior

Juma (Alanis Guillen) pronta para o casamento – Foto: Globo/João Miguel Júnior

Acontece que, embora ame de verdade Jove, Juma não entende bem o porquê de toda aquela festança. Assustada, já maquiada e com seu vestido de noiva, ela foge bem na hora que todos já estão no altar. No rio, ela encontra com o Velho (Osmar Prado), que a convence a voltar dizendo que Jove nunca quis prendê-la e que ele, o Velho, estará ao seu lado o tempo todo. Na hora da cerimônia, todos ouvem um som forte de berrante. Trata-se do Velho do Rio, mostrando não só a Juma, mas também ao filho, José Leôncio, que está presente.

Figurinista explica vestidos de Muda e Juma

Há ainda outras curiosidades, até mesmo sobre o vestido de Juma e Muda, e quem conta sobre elas é a figurinista de Pantanal, Marie Salles. A respeito da roupa da mulher de Jove, ela contou em entrevista à Globo: “Eu queria um vestido que remetesse a algo da natureza, que fosse mais rústico. Conheci a Jacqueline Chiabay, que faz um trabalho de tricô com fitas de sobra de couro. E aí nós, juntas, desenvolvemos esse vestido, que é todo feito em crochê de couro, com fitas de couro natural. É uma trama de tricô e crochê intercaladas , feitas com as tiras dos retalhos de couro cortadas manualmente”, começou.

“Essa sobra de couro vem de um projeto social de áreas rurais, que é bem interessante. Assim como tantos outros produtos desenvolvidos a partir do reuso de couro proveniente da indústria brasileira do vestuário, o vestido da Juma faz parte de um projeto de produção coletiva e cooperada envolvendo mulheres artesãs de comunidades rurais do entorno do ateliê de Jacqueline e de várias outras localidades do Espírito Santo. Parte dessa produção no corte manual das tiras das aparas de couro também é destinada a trabalho e renda como forma de ressocialização a mulheres egressas do sistema prisional, que fazem parte de um projeto chamado Novas Marias”, prosseguiu.

Ela prosseguiu: “O propósito desse projeto é a sustentabilidade do início ao fim do processo: além da Jacqueline e sua equipe prolongarem a vida útil desta matéria-prima, o couro de caprino de abate – que é descartada erroneamente, podendo ser muito prejudicial para o meio ambiente –, elas o transformam em objetos de decoração e de moda, cheios de conteúdo e com a verdadeira humanização do vestir e do usar, através do fazer artesanal. Este projeto eco social foi idealizado e é coordenado há mais de 30 anos pela Designer e Estilista Jacqueline Chiabay”.

Arranjos para o casamento

A respeito dos acessórios que Juma vai usar, ela contou uma particularidade: “O único acessório que ela usa e que vai deixar de lado depois, por querer estar o mais livre possível, é um arranjo de flores secas. A gente quis faze-la toda com flores secas, com sobras de couros, mas no dia do casamento ela não usa porque vai tirar o arranjo, tirar os sapatos e casar descalça.

Questionada se o vestido vai combinar com o de Jove, Salles revelou: “Ele vai casar a caráter, como um pantaneiro, com guaiaca e faixa pantaneira. A diferença é que ele vai casar todo de ocre, que são as cores do avô Joventino, e de brim, com uma jaqueta. Eles vão dar um para o outro uma pena de uma ave que nós achamos no chão, no Pantanal, e levamos para as gravações”.

A respeito do vestido de Muda, ela também comentou: “Eu queria que fosse feito por costureira, que desse a impressão de um vestido feito manualmente. Então fiz tudo na costura, com a contramestra e as costureiras dos Estúdios Globo, da produção de figurino. São dois tecidos, um transparente com textura, e um tecido floral, embaixo. Quando ela anda, esse tecido floral aparece, com estampas bem miúdas. E na cabeça ela tem também uma guirlanda de flores secas, nas cores rosa, lilás, que acompanham a estampa do vestido. Ela só usa essa guirlanda como acessório. Importante falar que o vestido da Muda e a guirlanda foram feitos nos Estúdios, pela produção de figurinos, que é a costura, e pela equipe de adereços”.