O atacante Willian, que deixou o Corinthians em 2022 e hoje atua pelo Fulham, da Inglaterra, voltou a criticar o futebol brasileiro. O retorno ao país de origem, que no início empolgou a torcida alvinegra, desencadeou um fim complicado entre as partes. Sem performar o mesmo futebol que o revelou ao mundo, o atleta recebeu diversas críticas negativas em sua última passagem pelo Timão.

Ettore Chiereguini/AGIF. Willian volta a tecer críticas sobre o futebol brasileiro
© Ettore ChiereguiniEttore Chiereguini/AGIF. Willian volta a tecer críticas sobre o futebol brasileiro

Pouco após rescindir seu contrato, o atacante declarou que jamais voltaria ao futebol brasileiro, por conta dos ataques e ameaças que Willian afirma ter sofrido em suas redes sociais. Na época, o atleta deixou o Corinthians após a eliminação para o Flamengo, nas quartas de final da Libertadores.

No últimos meses com a camisa da equipe, Willian chegou a prestar queixa, junto à sua família, na polícia. Quase um ano após a despedida aquém do esperado, o atacante, em entrevista concedida à revista Placar, voltou a lembrar de sua passagem pelo Brasil, e fez novas críticas à conduta da torcida no futebol do país.

Pressão vai existir em todo lugar, mas desde que seja em relação ao que acontece dentro de campo, as críticas tem que ser baseadas nisso”, disse Willian, que afirma que o problema é que os brasileiros não entendem que os jogadores também tem dias ruins.

Às vezes os torcedores enxergam o jogador como máquina, que tem que acertar tudo 100%, mas o jogador é um ser humano sujeito a erros como qualquer outro profissional. Muitas vezes a pressão acaba sendo exagerada, levando para outro lado, atingindo familiares”, afirmou.

Diferença entre os campeonatos

No clube inglês, o atacante vive boa fase. Ele comparou a realidade do campeonato britânico com a pressão sofrida pelos jogadores no Brasil. “Aqui uma derrota nunca vai impedir o direito de jogador de ir ao shopping ou restaurante com os filhos. Minha vida pessoal é intocável, mas a gente sabe que no Brasil não é assim“, completou.