O Corinthians desde o ano passado vem realizando um grande corte de custos, se “desfazendo” de jogadores que não estavam incluídos no planejamento, encerrando contratos ou assinando empréstimos, restando apenas os escolhidos pelo treinador. A intenção da diretoria foi aliviar os custos e diminuir as dividas, que assombram há muito tempo.
- Bruno Spindel afirma que está cumprindo contrato sobre Hugo Souza
- Cássio foi fundamental para Garro assumir 10 do Corinthians
Porém, afolha salarial do atual elenco doTimão voltou a subir em relação ao ano passado, mas segue inferior ao que se imaginava quando o clube foi ao mercado e conseguiu contratar jogadores renomados, de salários elevados. Sobre o assunto,Wesley Melo, diretor financeiro do clube, deu alguns detalhes na coletiva de imprensa realizada na últimaquarta-feira (12).
“A política no futebol é de enxugar e fazer o investimento correto. Mesmo tendo a despesa mensal semelhante ao que era em dezembro de 2020, a receita é muito maior. A relação é 70%, referência da Uefa que a gente adotou aqui. A gente não está gastando ainda, temos capacidade de investir nesse nível. Hoje, 63% de toda receita do futebol é quanto custa minha folha de pagamento“, ressaltou. Conforme publicou a “Gazeta Esportiva”, isso equivale aR$ 14 milhões por mês aos paulistas.
Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians – Wesley Melo falou sobre as finanças do Timão.
“A receita, quase sem venda de jogadores, uma opção nossa, mesmo assim, as outras receitas subiram 50%, e para 2022, essas mesmas receitas, estamos projetando quase 30% de aumento. O resultado operacional, quanto eu recebo e quanto gasto, no ano de 2020 foi negativo de R$ 50 milhões, em 2021 foi positivo de R$ 54 milhões e estamos projetando para 2022 de R$ 96 milhões“, acrescentou.
Corinthians deveria aceitar o modelo de SAF?
Corinthians deveria aceitar o modelo de SAF?
0 PESSOAS JÁ VOTARAM
Além disso, o dirigentefoi questionado sobre o modelo deSAF, confirmada há poucos meses pelo Governo Federal, após votação em Brasília, que abriu a possibilidade de clubes se tornarem empresas: “Hoje, o Corinthians não tem o menor interesse. Não é a nossa diretriz. Pode a ser no futuro? Pode, mas a gente não precisa, é muito nova (a modalidade), precisa ver a experiência, a gente precisa de mais exemplos para formar uma opinião mais sólida. De qualquer forma, a maioria dos clubes são privados, tem dono, lá fora é assim, mas brasileiros são diferentes, a torcida do Corinthians é peculiar. Financeiramente, não vejo necessidade, não nesse formato”, completou.