Trajetória de jogadores da base do Corinthians:
O Corinthians sempre foi conhecido por ter uma das bases mais famosas do Brasil, tanto que é, de longe, o maior vencedor da Copa São Paulo de Futebol Júnior, principal torneio da categoria no país.
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Nessa linha, vários jovens conseguem destaque e passam a ganhar oportunidades no profissional, sendo que alguns se destacam, sendo vendidos aos europeus ou brigando pela titularidade.
No entanto, nem sempre isso dá certo . No caso de Renan Guedes , multicampeão na base corinthiana, a situação foi bem complicada. Atualmente no Osijek, da Croácia, o lateral saiu do Timão em 2018 e, em entrevista ao UOL, contou bastidores surpreendentes :
“Até hoje eu não sei (motivo de não ter oportunidades). Osmar Loss subiu para o profissional nessa época depois da Copinha (de 2018), e o (Dyego) Coelho assumiu o sub-20“, iniciou o jogador.
Frustração vivida logo em seguida:
“Depois disso, por ser segundo ano de sub-20, eu pensei que eu iria jogar por estar jogando sempre no ano anterior e acabou que não tive mais espaço. Acabei virando terceira opção na lateral e depois não ia mais para o jogo“, contou.
“Tinha um time B na época do Corinthians, acabei sendo afastado, ficava lá treinando só físico. Foi um momento difícil para mim porque sempre joguei na base”, lamentou o defensor, que foi além:
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“Fiquei praticamente quatro ou cinco meses afastado. [Coelho] Simplesmente pegou e mudou. Não só comigo, tiveram outros jogadores que acabaram não tendo oportunidade com ele, mas não tive justificativa. Até então, respeito a opinião do treinador”, salientou.
“No começo, ficou uma mágoa por tudo que eu vivi lá, tudo o que aconteceu, todos os títulos. Eu ganhei praticamente todos os títulos da base: Mundial, Copinha, Paulista e pelo estado que eu fiquei também”, disse, chocando a todos em sequência:
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Saúde afetada e mudança de rumo:
“Eu acho que por ser muito jovem e não entender das coisas, eu praticamente estava em depressão. Meu cabelo caiu dos lados por estresse e quando eu saí de lá e fui para o Atlético-MG foi praticamente um alívio para mim“, contou Guedes.
“Fiquei um tempo chateado, mas depois percebi que não era o clube em si, mas as pessoas que estavam no comando naquela época. O clube não tem nada a ver, não tem culpa nenhuma disso”, completou, falando sobre sua ida ao clube atual:
“Eu tive um treinador no Sheriff que era croata. Quando acabou a temporada no meio do ano passado, o agente brasileiro, que inclusive me levou para o Sheriff, me ligou falando que tinha interesse do próprio treinador, ele também mandou mensagem para eu ir para o Osijek, da Croácia, jogar uma liga top, bem melhor que a de onde eu estava“, seguiu, revelando contatos do Brasil:
“Tiveram algumas especulações nesta janela, algumas equipes da Série B. Para voltar para o Brasil, só se fosse uma coisa muito boa, tanto para mim, quanto para minha família. Aqui fora, o cara vive bem, a família também”, finalizou.