O Corinthians não conseguiu sair do 0 a 0 diante do Boca Juniors pela partida de ida das oitavas de final da Libertadores da América, perdendo pênalti com Roger Guedes, fora várias chances criadas, mas também sendo saldo por Cássio. A equipe comandada por Vítor Pereira precisa vencer o jogo nesta terça-feira (5), em La Bombonera, para seguir sonhando com a taça.

Foto: Reprodução/Jovem Pan - Duílio foi informado sobre o comunicado.
Foto: Reprodução/Jovem Pan - Duílio foi informado sobre o comunicado.

 

 

Além das prováveis escalações e do clima de decisão, uma situação chamou bastante a atenção: os argentinos divulgaram um comunicado pedindo a seus torcedores que não cometam atos de racismo no jogo contra o Timão, às 21h30, na Argentina, especialmente após casos recorrentes, que já ocasionaram em multas vindas da Conmebol.

 

 

Para se ter ideia, nos três jogos entre as duas equipes este ano, tiveram episódios de discriminação racial por parte de torcedores dos hermano. Além de já ter sido multado, conforme citado acima, o adversário do Alvinegro ainda corre o risco de jogar com portões fechados ou de ter o estádio interditado por causa da reincidência.

 

 

Diz o comunicado do Boca:

"Diante da revanche contra o Corinthians do Brasil, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, o Boca Juniors chama mais uma vez à reflexão os torcedores para viver a partida desta terça na Bombonera com paixão, mas longe de todo tipo de manifestação racista.

Esta nova partida contra uma equipe do Brasil representa outra oportunidade para rechaçar qualquer ato xenófobo que ataque os direitos de qualquer grupo e para demonstrar o aprendizado dos episódios recentes, que não apenas causam dano à imagem do clube como também à economia. O Boca, vale dizer mais uma vez, não discrimina.

 

 

Cabe recordar mais uma vez que a Conmebol endureceu severamente as multas aos clubes participantes em casos de racismo e que a reiteração destes comportamentos não apenas podem acarretar penas econômicas maiores, mas também até o fechamento do estádio. Da mesma forma, de parte do clube esse tipo de conduta implica uma ação que pode ser passível das sanções mais duras previstas no estatuto, como a expulsão da condição de sócio ou sócia".