Nos últimos anos, ficou nítido que alguns clubes brasileiros estão dando preferência na busca por treinadores estrangeiros, ainda mais depois que Abel Ferreira passou a ter um sucesso imenso no Palmeiras, da mesma forma que Jorge Jesus, pelo Flamengo. Os portugueses ficaram famosos no país, mostrando que seus conterrâneos tem qualidade de sobra.

"Obcecado com tudo"; Velho conhecido de Abel rasga elogios para gringo do Corinthians
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Da mesma forma que os rivais, o Corinthians foi ao mercado e trouxe Vítor Pereira, que havia conquistado títulos importantes na Europa. Neste início, o treinador vem conseguindo fazer um bom trabalho, mesmo que já tenha passado por momentos difíceis, em que sua permanência para 2023 passou a ser discutida. Após contar histórias sobre como conheceu e teve contato com Abel, Rui Quinta, que foi auxiliar de VP no Porto,trouxe detalhes e elogiou o gringo:

“Conheci o Vítor em um curso de treinadores de segundo grau, em Ponte de Lima. O Vítor estava tirando o segundo grau de treinador, em Portugal são quatro. Nós fomos dar aulas, e ele estava lá. Foi aí que o conheci. Destacava-se a quilômetros de todos os outros, pela forma como argumentava, como propunha os exercícios que defendi. Percebemos que era alguém diferente, e ficamos com essa relação de proximidade, revelou Rui, que explicou onde conheceu VP:

Foto: Lucas Emanuel/AGIF – Vítor foi elogiado por Rui Quinta.

Foto: Lucas Emanuel/AGIF – Vítor foi elogiado por Rui Quinta.

“Fomos adversários algumas vezes, temos uma curiosidade, empatamos todos os jogos que nos enfrentamos. No ano em que ele foi auxiliar do Villas-Boas no Porto, nós, por meio de um amigo em comum, fomos almoçar e falamos por horas. No ano seguinte, ele foi convidado para treinar a equipe principal do Porto, e eu ia treinar um clube da segunda divisão, e ele disse: ‘Não vá, porque se eu for o treinador do Porto, quero que venha me ajudar’. Eu disse que iria para ser campeão, e fomos dois anos seguidos, contou, completando sobre as características do técnico corinthiano:

“Não vivo o dia a dia com o Vítor no futebol há 10 anos. O Vítor já esteve em diferentes países, na Ásia, Europa, e está agora na América. O que eu sei, ele é um treinador extremamente ligado, obcecado com tudo que faz, os detalhes, para que tudo esteja da maneira que ele pretende. Tem uma capacidade de evidenciar aos jogadores aquilo que é o melhor para cada um. A forma de jogo dele é apelativa porque gosta de ter a bola, mandar no jogo. É uma equipe que joga para ganhar. Às vezes até exagera como gasta o tempo preocupado com as coisas relacionadas a equipe e jogadores. Disse isso para ele algumas vezes, é importante sairmos um pouco, fazer um refresh, para voltar com energia no topo. É um treinador que não se dá por vencido, finalizou, durante entrevista ao LANCE!