Mundial de Clubes terá ausências notáveis
O aguardado Mundial FIFA 2025 promete ser o mais disputado da história, com novo formato e 32 participantes. Mas antes mesmo do apito inicial, a competição já gerou controvérsia. Diversos clubes de peso ficaram de fora, mesmo com boas campanhas continentais.

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O motivo? Regras rígidas de classificação, critérios de desempenho, limites por país e até conflitos de propriedade. Times como Barcelona, Liverpool, Milan e até o time de Cristiano Ronaldo, o Al-Nassr, estão entre os grandes nomes que não vão à festa global.
A ausência desses clubes gerou críticas e discussões acaloradas nas redes sociais, principalmente pelo impacto técnico e midiático que teriam no torneio. Mas com as regras atuais, o torneio também busca valorizar o mérito esportivo e a equidade entre confederações.
Regras da FIFA barram campeões
O Club León, conhecido como “La Fiera”, venceu a Concacaf Champions League em 2023, mas foi excluído do Mundial. A FIFA não permite que dois times do mesmo grupo empresarial participem. Como o Grupo Pachuca controla tanto a “Fiera” quanto os “Tuzos”, só um pôde jogar. A vaga ficou com os “Tuzos”, que herdaram a classificação.
A situação abriu uma disputa por uma vaga extra entre Los Angeles FC (vice da Concacaf em 2023) e Club América (melhor ranqueado da região). Os dois se enfrentam no dia 31 de maio, valendo o último bilhete para o Mundial.

Luis Suarez, do Barcelona durante o jogo final contra o River Plate do Mundial de Clubes 2015,no Estádio Internacional de Yokohama, Japão. Foto: Atsushi Tomura/Getty Images
Outro barrado foi o Red Bull Salzburg, da Áustria. Por pertencer ao mesmo conglomerado do RB Leipzig, da Alemanha, e pelo limite de clubes do mesmo grupo, ficou de fora mesmo com desempenho competitivo em seu continente.
Favoritos pelo caminho
A UEFA determinou que apenas dois clubes por país poderiam disputar o Mundial, o que fez vítimas de peso. O Barcelona, com 61 pontos no ranking da entidade, foi cortado, já que Real Madrid e Atlético de Madrid garantiram suas vagas antes.
O mesmo aconteceu com o Liverpool, dono de 76 pontos, mas ultrapassado por Manchester City e Chelsea na corrida inglesa. O corte afetou ainda Milan e Napoli, da Itália, e o RB Leipzig, da Alemanha, todos eliminados mesmo com pontuação suficiente.
Já o Manchester United, com 35 pontos, sequer teve chances reais de classificação. As regras visam a diversidade continental, mas acabaram prejudicando o nível técnico em alguns grupos e retirando clubes de apelo mundial do torneio.
CR7 e Al-Nassr de fora
O Al-Nassr, de Cristiano Ronaldo, também ficou pelo caminho. O clube saudita foi eliminado nas quartas de final da Champions Asiática pelo Al Ain, nos pênaltis, e com isso perdeu a chance de ir ao torneio. A frustração foi enorme para os torcedores, que contavam com a presença do astro português nos Estados Unidos.
Outro caso que gerou polêmica foi o do Inter Miami, de Lionel Messi. O time foi eliminado nas semifinais da Concacaf Champions Cup com um duro 5 a 1 no agregado contra o Vancouver Whitecaps.

Cristiano Ronaldo, jogador do Al Nassr lamenta eliminação da equipe no torneio. Foto: Yasser Bakhsh/Getty Images
No entanto, acabou garantido no Mundial por um critério especial: é o representante do país-sede (EUA), após vencer o Supporters’ Shield da MLS. A decisão da FIFA foi vista por muitos como estratégia para garantir Messi no torneio e atrair atenção global.
O que esperar do torneio sem esses nomes?
Mesmo com as ausências, o Mundial de Clubes 2025 ainda promete um nível altíssimo, com gigantes como Real Madrid, Manchester City, Bayern de Munique e Flamengo confirmados. A competição será realizada entre 15 de junho e 13 de julho, com partidas em diferentes cidades dos Estados Unidos.

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A primeira partida já está definida: Inter Miami x Al Ahly, do Egito, no dia 14 de junho, no Hard Rock Stadium, em Miami. Será o pontapé inicial de uma edição que já começa com debates acalorados fora de campo.








