O desafio do São Paulo contra a LDU na Libertadores
O São Paulo terá nesta quinta-feira (18) um dos maiores desafios da temporada: encarar a LDU, em Quito, na temida altitude de 2,8 mil metros. O duelo de ida das quartas de final da Libertadores, marcado para as 19h (de Brasília), no Estádio Casa Blanca, exige do Tricolor mais do que futebol. Exige também estratégia, adaptação e resistência física.

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Apesar de Hernán Crespo afirmar que o time manterá a “mesma ideia de jogo” mostrada no Brasileirão Betano, a comissão técnica preparou ajustes específicos para lidar com as condições da capital equatoriana. A palavra-chave ouvida nos bastidores é “sobreviver”. O foco é resistir à pressão inicial da LDU, que costuma sufocar os adversários nos primeiros minutos.
O plano prevê uma postura mais cautelosa no início. Ao invés de buscar intensidade máxima desde o apito inicial, o São Paulo deve privilegiar a compactação defensiva e a posse de bola para reduzir o desgaste. A expectativa é que, com o passar dos minutos, os jogadores consigam se adaptar ao ar rarefeito e, gradualmente, avancem mais ao ataque.

LDU está invencível
Os números da LDU em 2025 reforçam a necessidade de cautela. A equipe equatoriana soma 28 jogos de invencibilidade como mandante e é praticamente imbatível em Quito. Além disso, marcou nove de seus 35 gols em casa antes dos 30 minutos do primeiro tempo e outros 16 após os 25 do segundo tempo. Início e fim de jogo são períodos de risco máximo.

Hernan Crespo tecnico do Sao Paulo durante partida contra o Botafogo no estadio Morumbi pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Alan Morici/AGIF
Essa realidade revive um fantasma recente. Em 2023, o São Paulo caiu para a LDU nos pênaltis, após perder o jogo de ida em Quito por 2 a 1. A lembrança daquele domínio equatoriano ainda ronda o elenco e serve como alerta para não repetir os erros. O Tricolor sabe que qualquer vacilo pode custar caro em uma competição tão equilibrada.
Vai dar conta do recado?
Ainda assim, Crespo demonstra confiança. “Sei que é diferente jogar na altitude, mas temos bola para jogar. Libertadores nunca se sabe o que acontecerá”, disse o treinador após a vitória sobre o Botafogo, no último domingo (14). A ideia é equilibrar respeito ao adversário e coragem para atacar quando a oportunidade aparecer.

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Mais do que buscar uma vitória, o objetivo do São Paulo em Quito é se manter vivo. O time encara o duelo como uma batalha de 180 minutos e sabe que a decisão no Morumbis, no próximo dia 25, será fundamental. Sobreviver à altitude e sair com um resultado minimamente positivo pode significar meio caminho andado rumo à semifinal.








