Arbitragem em xeque no futebol nacional
O Brasileirão Betano de 2025 tem sido marcado por fortes críticas à arbitragem. Em campo, erros e revisões confusas do VAR voltaram a dominar o noticiário, deixando dirigentes, jogadores e torcedores revoltados. A sensação é de que a tecnologia, criada para evitar injustiças, acabou se tornando parte central das polêmicas.

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Nos últimos meses, partidas decisivas foram definidas por decisões questionáveis. Clubes como São Paulo, Palmeiras, Grêmio e Santos se manifestaram publicamente contra a condução dos árbitros e cobraram explicações da CBF. A entidade reagiu afastando profissionais e prometendo mais treinamento, mas a confiança do torcedor continua abalada.
Em um cenário cada vez mais tenso, a credibilidade da arbitragem se desgasta a cada rodada. O que antes era exceção virou rotina: o VAR, em vez de corrigir, tem sido apontado como o principal responsável por erros que mudam resultados.
Jogos com polêmicas e afastamentos
Um dos episódios mais comentados aconteceu no clássico entre São Paulo e Palmeiras, pelo Brasileirão Betano. O árbitro Ramon Abatti Abel não marcou um pênalti claro a favor do Tricolor, o que levou a CBF a afastá-lo, junto com o responsável pelo VAR, Ilbert Estevam da Silva. A mesma dupla já havia protagonizado polêmica em outro jogo decisivo.
O Grêmio também foi duramente prejudicado em duas ocasiões. Primeiro, na Copa do Brasil, quando um gol legítimo de Kannemann foi anulado diante do CSA. Depois, no duelo contra o Bragantino, em Bragança Paulista, um pênalti duvidoso assinalado nos acréscimos gerou revolta. O clube gaúcho pediu mais transparência nos áudios e imagens do VAR.
Já o Sport foi personagem central de dois casos distintos. Contra o Cruzeiro, reclamou de lances ignorados; diante do Palmeiras, viu a arbitragem marcar um pênalti inexistente. Ambos os árbitros foram afastados pela CBF após parecer técnico confirmar os erros.
Falta de padrão e demora nas análises
O Fortaleza também viveu situação parecida. Em jogo contra o Sport, um possível gol de Yago Pikachu foi analisado por oito minutos e acabou anulado, gerando críticas pela demora e falta de clareza na comunicação. O clube cearense cobrou maior objetividade e critérios uniformes nas revisões.
No duelo entre Atlético-MG e Santos, Neymar sofreu falta dentro da área logo no início da partida, mas o árbitro Bruno Arleu de Araújo mandou o lance seguir. O VAR não interveio, e o caso aumentou a pressão sobre o sistema. Nas redes sociais, o Santos questionou por que a tecnologia não foi usada em uma jogada tão clara.

Atletas do Palmeiras durante o jogo com o Flamengo. Photo by Wagner Meier/Getty Images
Os casos se acumulam e evidenciam um problema crônico: a falta de consistência nos critérios. O mesmo tipo de lance recebe decisões diferentes dependendo da partida e do árbitro envolvido, o que alimenta a insatisfação e reforça a ideia de um campeonato sem padrão.
Credibilidade ameaçada e pressão sobre a CBF
A sucessão de erros tem ampliado a pressão sobre a Confederação Brasileira de Futebol. A entidade tenta conter a crise com afastamentos e promessas de profissionalização da arbitragem, mas as soluções parecem distantes. Enquanto isso, a desconfiança cresce entre dirigentes e torcedores.
O Brasileirão Betano segue sendo um dos campeonatos mais equilibrados do mundo, mas a sensação é de que a tecnologia ainda não conseguiu se firmar como aliada da justiça esportiva. A cada rodada, o debate se repete e os clubes voltam a cobrar explicações.
Com a temporada ainda em andamento, o torcedor segue esperando que o VAR cumpra o papel para o qual foi criado: garantir decisões mais justas e preservar o jogo dentro das quatro linhas. Até lá, a polêmica continua sendo um personagem fixo do futebol brasileiro.








