Polêmica em São Paulo x Palmeiras
O clássico entre Palmeiras e São Paulo, válido pelo Brasileirão, ficou marcado pelos erros do árbitro Ramon Abatti Abel. As falhas foram tantas que a CBF decidiu afastá-lo das próximas partidas para “treinamento, aprimoramento e avaliação interna”. Mas, curiosamente, ele ainda é o árbitro com quem o Palmeiras menos soma pontos na competição.

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Durante a partida, dois lances chamaram atenção. Allan derrubou Tapia dentro da área, mas o juiz não marcou o pênalti e nem acionou o VAR para revisar a jogada. Em outro lance, Andreas Pereira atingiu Marcos Antônio com entrada dura, passível de cartão vermelho, mas a arbitragem novamente deixou de intervir.
Palmeiras soma poucos pontos com Abatti no apito
Apesar dos erros, um levantamento inédito do Bolavip Brasil revelou quais árbitros mais prejudicam os principais times do Brasileirão. Segundo os números, o Palmeiras tem um desempenho significativamente pior quando Ramon Abatti Abel está à frente do apito, com média de pontos 65% menor do que com outros árbitros.
O estudo analisou todas as partidas do Campeonato Brasileiro desde 2021 até a 27ª rodada da Série A de 2025, usando dados da plataforma Opta. Foram contabilizados os pontos ganhos por cada equipe com cada árbitro, desconsiderando aqueles que apitaram quatro jogos ou menos de determinado time.

Ramon Abatti Abel em jogos do Palmeiras. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
No total, o Palmeiras enfrentou 14 partidas com Ramon Abatti Abel como árbitro, somando quatro vitórias, seis empates e quatro derrotas. A média de pontos com ele é de 1,3 por jogo, contra 2 pontos por partida quando outros árbitros estão no comando do jogo do Verdão.
Confira o árbitro que traz azar aos principais times do Brasil (entre parênteses, a média de pontos por jogo com e sem o árbitro):
Sport: Raphael Claus (0,1 pt/jogo; 0,9 pt/jogo)
Vasco: Paulo Cezar Zanovelli (0,2 pt/jogo; 1,3 pt/jogo)
Athletico: Sávio Pereira Sampaio (0,2 pt/jogo; 1,4 pt/jogo)
Coritiba: Wagner do Nascimento Magalhães (0,3 pt/jogo; 1 pt/jogo)
Corinthians: Rafael Klein (0,3 pt/jogo; 1,5 pt/jogo)
Ceará: Luiz Flávio de Oliveira (0,4 pt/jogo; 1,2 pt/jogo)
Santos: Raphael Claus (0,4 ts/jogo; 1,2 pt/jogo)
Grêmio: Luiz Flávio de Oliveira (0,4 pt/jogo; 1,4 pt/jogo)
São Paulo: Raphael Claus (0,5 pt/jogo; 1,4 pt/jogo)
Fortaleza: Anderson Daronco (0,5 pt/jogo; 1,5 pt/jogo)
Goiás: Bráulio da Silva Machado (0,6 pt/jogo; 1,1 pt/jogo)
RB Bragantino: Paulo Lucas Torezin (0,6 pt/jogo; 1,4 pt/jogo)
Atlético-MG: Davi de Oliveira Lacerda (0,6 pt/jogo; 1,6 pt/jogo)
Bahia: Flávio Rodrigues de Souza (0,7 pt/jogo; 1,4 pt/jogo)
Vitória: Bruno Arleu de Araújo (0,8 pt/jogo; 1,1 pt/jogo)
Flamengo: Edna Alves Batista (0,8 pt/jogo; 1,8 pt/jogo)
Fluminense: Raphael Claus (0,9 pt/jogo; 1,5 pt/jogo)
Internacional: Matheus Candançan (1 pt/jogo; 1,6 pt/jogo)
Botafogo: Matheus Candançan (1 pt/jogo; 1,7 pt/jogo)
Palmeiras: Ramon Abatti Abel (1,3 pt/jogo; 2 pts/jogo)
Cruzeiro: Raphael Claus (1,2 pt/jogo; 1,5 pt/jogo)
O árbitro que mais impacta para um time
O Corinthians sofre o maior impacto quando Rafael Klein está no apito, com média de pontos cinco vezes menor do que com outros árbitros. O desempenho da equipe cai drasticamente sempre que ele está no comando das partidas do time.

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Em sete confrontos sob sua arbitragem, o Timão registrou apenas dois empates e cinco derrotas, somando 0,3 ponto por jogo. Com outros árbitros, a média é de 1,5 ponto por partida, mostrando o efeito negativo que Klein tem nos resultados do Timão.








