Reconstrução após o rebaixamento
O Atlético-MG vive um momento de retomada no futebol feminino após conquistar o retorno à Série A1 do Brasileirão. Depois da queda em 2023, o clube reformulou sua estrutura e conseguiu chegar à semifinal da Série A2, garantindo o acesso. À frente da diretoria desde 2024, o gestor Ricardo Guedes ressaltou, em entrevista exclusiva, que o trabalho ainda está em curso e tem como foco consolidar o Galo na elite nacional.

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Segundo Ricardo, a prioridade é estruturar a equipe antes de pensar em conquistas maiores. “Foi literalmente um processo de reconstrução que ainda não acabou. Precisamos entender onde estamos e onde queremos chegar”, afirmou. O dirigente destacou que não há uma pressão imediata por títulos, mas sim a necessidade de fortalecer as bases do projeto para que o time tenha estabilidade a longo prazo na primeira divisão.
As Vingadoras contam hoje com boas condições de treinamento, utilizando a Vila Olímpica e parte da Cidade do Galo. O perfil das jogadoras que defenderão a camisa atleticana será pautado pela identificação com o clube e pela intensidade em campo. “Primeiro, atletas que queiram estar no Galo. Depois, claro, análise esportiva. Pode ser de 20 ou de 38 anos, desde que entregue o que buscamos. Queremos uma equipe intensa, que compense diferenças de orçamento”, explicou Ricardo.

Treinamento das Vingadoras. Foto: Pedro Click/Atlético
Arena MRV como trunfo
O gestor também destacou o papel da Arena MRV no fortalecimento do projeto. O estádio já foi utilizado em jogos decisivos da campanha de acesso, como na vitória sobre o Vitória, que contou com cerca de 3 mil torcedores. A intenção é equilibrar o uso da arena principal com partidas no Gregorão, em Contagem, garantindo que a equipe esteja próxima da torcida e mantenha a sustentabilidade financeira do projeto.
No mercado, o Atlético-MG busca reforços pontuais, valorizando o coletivo que se destacou na Série A2. O time, inclusive, foi o único a derrotar o Santos, feito que reforçou a confiança do grupo. Apesar da eliminação antes da final, a diretoria considerou a campanha positiva e entende que a experiência foi fundamental para preparar a equipe para os desafios da elite.
A continuidade do trabalho da técnica Fabiana também é tratada como prioridade. Ricardo Guedes revelou que a relação entre diretoria e comissão técnica é de parceria e confiança. “Ela quer ficar e estamos bem alinhados. Não deve haver dificuldade”, disse o dirigente, reforçando a importância da estabilidade para o desenvolvimento do projeto.

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Próximos compromissos do Galo
Enquanto projeta o futuro no Brasileirão, o Atlético-MG segue com calendário cheio. Na próxima terça-feira (16), a equipe enfrenta o Bahia, às 18h, pela Copa do Brasil Feminina. Já no domingo (21), estreia no Campeonato Mineiro diante do Valadares, às 15h. O momento é de afirmação para as Vingadoras, que buscam mostrar evolução dentro e fora de campo em um ano decisivo para o projeto.








