O Atlético Mineiro empatou com o Mirassol, pelo placar de 2 a 2, na noite deste sábado (26), no Estádio José Maria de Campos Maia, em partida válida pela sexta rodada do Brasileirão Betano 2025. Edson Carioca e Reinaldo marcaram para os mandantes, enquanto Rony e Hulk empataram para o Galo.

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Logo após a partida pelo Brasileirão Betano, o técnico Cuca concedeu entrevista coletiva para falar do empate do Galo, que saiu atrás no placar, virou no segundo, mas sofreu o gol de empate nos acréscimos. Confira como foi a coletiva.
O Atlético merecia um resultado melhor?
Acho que merecia, sim, um resultado melhor, pelo que jogou, principalmente na segunda etapa, onde tivemos o controle do jogo, viramos o placar, mas sofremos o gol aos 48 minutos. Quando você está com o time montado defensivamente, com uma linha de cinco, e toma uma bola infiltrada do meio-campo direto, é uma bola, teoricamente, fácil de cortar. Não nos posicionamos bem e, além disso, deixamos o atacante virar de frente e fomos envolvidos no drible. São erros que custam caro. O Everson ainda defendeu, mas o Reinaldo marcou no rebote, sendo que quase conseguimos tirar aquela bola.
Foi um pecado pelo que a equipe lutou, pelo que a gente sabe que passou durante a semana, com viagens de 12 horas para ida, 12 horas para volta, jogo desgastante… e tomar um gol assim no final é muito frustrante. A vitória estava encaminhada, mas, mais uma vez, temos que levantar a cabeça e seguir em frente, porque estamos desempenhando um bom futebol.
Se essa bola não entra, todos estariam falando que o Galo jogou bem, uma vitória muito forte, em um jogo muito físico, no qual a arbitragem optou por deixar o jogo com contatos duríssimos. Inexplicavelmente, no lance que gerou o nosso pênalti, o árbitro foi chamado e voltou atrás, sendo que, em 10, 15 lances parecidos, ele não deu falta. Isso também frustra bastante. Mas temos que seguir de cabeça erguida e ir melhorando para que, no próximo jogo, a gente possa vencer.
Como vê a questão física, principalmente após as perdas de Lyanco, Alan Franco e Júnior Alonso?
Não é apenas a sequência, é a logística. Nós, na Sul-Americana, não tivemos a sorte de pegar jogo perto. Pegamos jogos de 12 horas de viagem, e isso é muito. Viagem com as pernas dobradas depois do jogo, 12 horas para lá, 12 horas para cá… você não recupera.
Se o Alonso não saísse do jogo, não quero falar besteira, mas a chance de a gente ganhar era muito maior. Ele estava no jogo, no posicionamento, não iríamos tomar aquele gol, que foi bem no setor dele. Ele saiu porque teve câimbras, não aguentou ficar.
E olha como são as coisas: eu iria tirar o Hulk. Se eu tiro o Hulk, um minuto depois ele ia ficar com câimbras. Quem sabe não tomávamos o gol, mas é casualidade, e temos que seguir em frente.

Atlético de Cuca ficou no empate em 2 a 2 com o Mirassol Foto: Fernando Moreno/AGIF
O ataque funcionou, mas a defesa falhou. Como manter o equilíbrio?
Tivemos baixas consideráveis ontem. O Lyanco é um dos melhores do time. Nos acostumamos a jogar com ele, e quando você perde ele um dia antes do jogo, é lógico que sente muita falta, como sentimos hoje.
Não é questão de cuidar mais ou menos de um setor. Foi um jogo difícil, onde o adversário teve a semana inteira treinando e te esperando, sem desgaste nenhum. Nesse ímpeto, nesse aspecto, é desigual, mas fomos valentes, medimos forças em um jogo em que a arbitragem deixou o pau torar — a verdade é essa.
Gosto assim, mas no momento em que tinha que seguir o critério, não teve, principalmente na penalidade.
Mudou a estratégia com a ausência do Lyanco?
É fácil entender. Quem é do ramo vai entender: perdi o lateral-esquerdo titular, o zagueiro central titular e estou com o primeiro volante que não está 100%. Então tive que fortalecer. Fortaleci com o Alonso no lado esquerdo do campo, como ele faz no Paraguai: ora como ala, ora como terceiro zagueiro, ora como lateral.
Jogamos com o Vitor Hugo e o Rômulo fazendo a zaga. Em um vacilo que tivemos — em um arremesso lateral, se não me engano —, o centroavante disparou em velocidade, ninguém matou a jogada e tomamos o gol. Mexe com a equipe, com a estrutura. Precisamos fazer o gol sem tomar o segundo.
Fomos valentes, saímos no segundo tempo, mudamos a estratégia para outro sistema. Melhorou, dominamos o adversário e, infelizmente, fomos penalizados no final, com um gol que acontece no futebol.
Atlético estará sem o Hulk, suspenso pelo cartão amarelo. Palacios e Junior Santos estão em recuperação. Dá para contar com eles em Caxias?
Difícil falar que dá para contar. Os jogadores estão em transição, tiveram lesões sérias e, há muito tempo, não fazem nenhum coletivo, não estão batendo na bola. Então é difícil contar com eles.

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Temos que ver bem com a fisiologia, principalmente com o departamento médico, a condição que terão, primeira clínica e depois física, para poder jogar.








