A evolução da medicina alvinegra
O torcedor muitas vezes questiona o que acontece dentro do Departamento Médico, e nesta quinta-feira (18/12), o Atlético-MG abriu o jogo. Durante a 8ª edição do projeto “Por Dentro do Galo”, na Arena MRV, o diretor-médico Rodrigo Lasmar apresentou um raio-x do setor.

O dado mais impactante da apresentação foi a eficiência preventiva. Segundo Lasmar, o clube registrou uma queda de 42% na média de lesões por temporada entre 2018 e 2025, na comparação com o período anterior (2011-2017).
“Entender as lesões, como elas acontecem, quando elas acontecem… São informações fundamentais para o planejamento e da nossa estratégia. […] Tivemos 695 lesões em 15 anos, sendo 408 musculares.”
(Rodrigo Lasmar, diretor-médico do Atlético)
Por que não se fala mais em “Grau” e “Prazo”?
Lasmar aproveitou para esclarecer uma dúvida frequente da Massa e da imprensa: o fim da divulgação de graus e tempos de recuperação. O médico explicou que a classificação “Grau I, II e III” (criada em 1962) está obsoleta.
Hoje, o Galo utiliza uma classificação moderna que divide as lesões musculares em Tipos A, B ou C (baseado na localização) e níveis de complexidade de 0 a 4.
- Tipo A: Envolta do músculo (menos grave).
- Tipo B: Junção músculo-tendão.
- Tipo C: Tendão (recuperação mais difícil e lenta).
O Vilão do Calendário
O estudo apresentado, baseado em 15 anos de dados ininterruptos (padrão F-MARC da FIFA), apontou que 58,7% das lesões no Galo são musculares, sendo a posterior da coxa a mais comum.

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O grande inimigo? O descanso curto. Estudos mostram que jogos com intervalos menores que 4 dias aumentam o risco de lesão em 25%.








