O Atlético-MG fecha sua participação no Campeonato Brasileiro neste domingo (7), às 16h, na Arena MRV, sustentando um cenário bem diferente do imaginado no início do ano. O duelo com o Vasco ainda vale uma vaga na Sul-Americana, mas evidencia o quanto o time se afastou das projeções feitas pela diretoria e pela comissão técnica.

Qual era o planejamento inicial do Atlético-MG?
Quando o planejamento foi montado, a missão era clara: voltar ao grupo dos melhores da liga e garantir presença na Libertadores. A meta esportiva estava ligada diretamente à necessidade de recuperar receitas e reposicionar o clube no cenário continental.
A realidade, porém, caminhou para o lado oposto. Na 13ª colocação, o Galo já não alcança mais o grupo superior e luta apenas para não encerrar o ano com um calendário esvaziado.
O risco de queda praticamente inexiste, mas o simples fato de a matemática ainda permitir essa conversa mostra como 2025 foi tortuoso. O Atlético está três pontos à frente do Vitória, que abre a zona de rebaixamento, e leva vantagem confortável no saldo de gols, algo que impede qualquer ameaça mais séria nas contas finais.

Sampaoli tecnico do Atletico-MG durante partida contra o Palmeiras no estadio Arena MRV pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Fernando Moreno/AGIF
O desempenho atual também destoa do registrado na última temporada. Com dois pontos a menos e um jogo por fazer, o time corre o risco de repetir suas campanhas mais fracas desde o início da era dos pontos corridos. Caso não pontue, igualará suas piores marcas, as de 2010 e 2011, períodos que ainda são lembrados pelos torcedores como anos de enorme instabilidade.
O ataque expõe outra ferida. O Galo caminha para encerrar o campeonato com sua produção ofensiva mais baixa desde que o torneio passou a ter vinte clubes. A equipe soma 38 gols e precisaria de uma goleada improvável para fugir dessa marca negativa. A queda na capacidade de criação se tornou tema recorrente no vestiário e ganhou destaque nas entrevistas dos atletas.

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Números como mandante e visitante em 2025
Longe de Belo Horizonte, os números também deixaram muito a desejar. A campanha como visitante se transformou na segunda pior do clube desde que o formato atual foi instituído. Em 19 partidas fora de casa, o Atlético somou apenas 13 pontos e atingiu um dos índices mais baixos da última década, desempenho parecido apenas com o de 2011.
Como mandante, os resultados foram um pouco mais consistentes, ainda que longe do ideal. A equipe venceu oito vezes na Arena MRV, empatou outras oito e sofreu duas derrotas. Com isso, conseguiu superar a produção do ano anterior dentro de seus domínios e, caso vença o Vasco, pode fechar a competição entre os melhores anfitriões no recorte geral.
Mesmo assim, a temporada termina com a sensação de que muito ficou aquém do planejado. O confronto final, além de decidir a presença na Sul-Americana, também marcará o encerramento de um ciclo que escancarou falhas e exigirá mudanças significativas no clube para 2026.








