Vasco pega empréstimo com a Crefisa
O Vasco fechou um acordo com a Crefisa para um empréstimo de R$ 80 milhões, dentro do modelo DIP, voltado a empresas em recuperação judicial. Embora o clube tenha recebido ofertas de outros bancos, a empresa apresentou as condições mais vantajosas, o que levou à definição do negócio.

O valor será destinado a manter despesas básicas durante o processo de recuperação, como pagamento de salários, fornecedores e compromissos fiscais e trabalhistas. No entanto, a liberação ainda depende da autorização da Justiça, que já recebeu o pedido formal do Vasco na 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.
Clube só pode vender SAF com autorização da Crefisa
O financiamento do Vasco com a instituição financeira traz uma condição importante: qualquer venda ou negociação da SAF só poderá ser feita com autorização da Crefisa. Além disso, como tanto o clube quanto a SAF estão em recuperação judicial, a Justiça também precisa dar o aval em caso de mudanças no controle societário.
Para a diretoria, essa exigência é vista como natural, já que o credor precisa ter segurança sobre quem assumirá a responsabilidade do pagamento em caso de alteração no comando. O entendimento é que qualquer instituição que emprestasse valores ao clube pediria o mesmo tipo de garantia.
Além da anuência da Crefisa, o processo ainda passa pela 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro e pela Administração Judicial nomeada para acompanhar a recuperação. Cabe a esses órgãos avaliar e autorizar não só o empréstimo, mas também qualquer movimentação financeira relevante, como adiantamentos de receitas e créditos futuros.
Detalhes do contrato
A Administração Judicial reconheceu a importância do empréstimo para manter as operações do Vasco, mas cobrou um plano detalhado sobre como o dinheiro será usado, conforme previsto no contrato. Como 20% da SAF foram dados como garantia, a operação ainda precisa do aval do Conselho Deliberativo, de acordo com o estatuto do clube.
No parecer, também foram destacados compromissos que protegem os credores. Entre eles, está a obrigação de o Vasco não alterar o grupo de controle nem a estrutura da SAF sem a autorização da Crefisa, pelo menos até junho de 2026.