Fernando Diniz atravessa no Vasco um período que começa a lembrar um capítulo incômodo de sua trajetória como treinador. O time cruz-maltino não pontuou em novembro e acumula cinco derrotas seguidas, sequência que recoloca o técnico diante de um cenário que ele só havia vivido no Athletico, em 2018.

A próxima partida pode significar um recorde negativo em sua carreira: nunca perdeu seis vezes consecutivas. O time carioca irá encarar o Internacional na rodada seguinte.
Momento que Diniz não queria reviver
A queda recente do Vasco, diante de São Paulo, Botafogo, Juventude, Grêmio e Bahia, tem ampliado a tensão em São Januário, mas também despertado um paralelo inevitável com o momento vivido por Diniz no clube paranaense.
Naquele ano, o treinador enfrentou uma série igualmente amarga, marcada por resultados duros em diferentes competições, entre elas Copa do Brasil, Brasileirão e Sul-Americana. A mesma sensação de jogo que não encaixa, apesar do volume de trabalho, reaparece agora.
No caso vascaíno, o impacto emocional da sequência ficou evidente após a derrota para o Bahia, quando Diniz destacou a necessidade de recuperar a ousadia que costuma caracterizar suas equipes.
Ele reforçou que confia plenamente no grupo e ressaltou que raramente trabalhou com um elenco tão dedicado quanto o atual. Para ele, falta reencontrar a segurança competitiva que sustentou bons momentos ao longo da temporada.
Respaldo interno?
Mesmo com a pressão crescente, o treinador ainda conta com respaldo interno. O presidente Pedrinho tem reiterado que a comissão técnica será mantida e que há convicção de que o time pode reagir, assim como aconteceu na fase pós-Mundial de Clubes, quando o Vasco também atravessou semanas difíceis antes de reconstruir o desempenho.
A tentativa de interromper o colapso recente acontece na próxima sexta-feira, em São Januário, diante do Internacional. Além da urgência por recuperação no Brasileirão, o clube já enxerga no horizonte a semifinal da Copa do Brasil contra o Fluminense, um compromisso que pode redefinir a narrativa de uma temporada marcada por turbulências e retomadas.