Talisca explica trajetória no Vasco

Atualmente no Fenerbahçe, Anderson Talisca teve uma curta experiência nas categorias de base do Vasco antes de despontar no futebol profissional com a camisa do Bahia, em 2008.

Anderson Talisca faz análise sincera sobre passagem curta no Vasco da Gama: "Não sei o que aconteceu" – Foto: Ahmad Mora/Getty Images
© Getty ImagesAnderson Talisca faz análise sincera sobre passagem curta no Vasco da Gama: "Não sei o que aconteceu" – Foto: Ahmad Mora/Getty Images

Em entrevista exclusiva ao Lance!, o meia-atacante contou detalhes de sua passagem pelo clube cruz-maltino e explicou as razões que o levaram a retornar ao nordeste, movimento que acabou culminando em sua revelação pelo Tricolor de Aço.

Aspas de Talisca sobre passagem curta no Gigante da Colina

Eu recebi um convite do Vasco em 2008 e eu tinha show no dia de viajar. A minha mãe falou assim: “ou você vai para o futebol, ou você vai para a música”. Só que eu tocava numa banda de bairro, era uma banda famosinha, a gente ganhava 20 reais naquela época, que era muita coisa naquela época” iniciou.

Aí minha mãe falou assim: “você sabe que eu tô grávida do seu irmão, Alisson, e eu não vou poder trabalhar, então eu preciso que você me ajude. Se você for para o futebol, a gente sabe que tudo pode mudar de um dia para o outro. Sobre a música, você sabe que tem que dar continuidade, tem que ensaiar todos os dias, vai ser um pouco mais difícil” prosseguiu.

Vá e tente, e se você não der certo, você volta, e você fica continuando fazendo sua música.” E aí eu liguei para o dono da banda, o nome dele é Leiba, e falei que eu não poderia viajar, porque eu vou ter que viajar para jogar e fui para fazer o teste no Vasco. Aí eu fui para ficar 15 dias, fiquei um ano. Fiquei um ano no Vasco, passei no teste, me federaram” completou.

Talisca atualmente joga pelo Fenerbahçe, da Turquia – (Photo by Ahmad Mora/Getty Images).

Talisca no Vasco? Meia abriu o jogo sobre futuro

Talisca não recebeu oportunidades no Vasco, situação que ainda gera questionamentos por parte do próprio jogador. Sem espaço, ele decidiu retornar à Bahia, retomou a rotina com sua banda e, pouco tempo depois, foi convidado a integrar as categorias de base do Tricolor de Aço.

Eu não sei o que aconteceu, quem cuidou de mim lá foi o Álvaro, filho do Eurico, ele era o diretor da base também. E aí eu não sei porque não me colocaram lá. Até hoje é uma história da minha vida que eu não entendo, eu fui, fiquei, me federaram, fizeram tudo, só que não me colocaram para jogar, não sei por qual motivo. Aí eu voltei, aí comecei a tocar de novo na banda. Certo dia, eu tava fazendo um amistoso no campo da escola e passou um cara e falou que queria me levar para o Bahia. Eu aceitei, sem compromisso, porque eu era músico também e fui. Aí era para ficar sete dias, eu fiquei sete anos” revelou.