CBF segue atrás de um novo treinador para a Seleção Brasileira

Após a acachapante derrota do Brasil para 4 a 1 para a Argentina na última terça-feira (25), Dorival Júnior foi demitido do cargo da Seleção Brasileira. Agora, o presidente Edinaldo Rodrigues já está atrás de um novo treinador já para as partidas contra Equador e Paraguai na data FIFA de junho.

Dunga, ex-técnico da Seleção Brasileira. Foto: Marcello Zambrana/AGIF
© Marcello ZambranaDunga, ex-técnico da Seleção Brasileira. Foto: Marcello Zambrana/AGIF

Há uma guerra interna para saber quem deve ser o novo técnico da Seleção. De um lado, muitos da CBF defendem que o novo treinador seja um estrangeiro, enquanto outros querem que a CBF continue sendo treinada por um técnico de origem brasileira. E quem defende isso é Dunga.

Dunga revelou a equipe de reportagem do Uol Esporte como vê a presença dos técnicos estrangeiros no Brasil. Segundo o ex-treinador, os gringos viraram até um escudo no qual os dirigentes se escoram quando precisam mudar algum trabalho.

Jorge Jesus e Ancelotti disputam vaga de treinador da Seleção

A CBF iniciou a procura por um novo treinador para a Seleção com uma lista de nomes estrangeiros na mão. Neste momento, Carlos Ancelotti, do Real Madrid e Jorge Jesus do Al-Hilal são os favoritos.

Ednaldo Rodrigues tem preferência por estrangeiros na Seleção Brasileira

Mesmo assim, Dunga insiste que há muito apelo por gringos no futebol brasileiro e eles são sempre beneficiados uma vez que quando um estrangeiro faz um bom trabalho todos exaltam, diferentemente do que acontece com os brasileiros.

Dunga revela que CBF está utilizando técnicos estrangeiros como escudo

Só ver os resultados. Se tu der resultado, perfeito. Se tu é novidade, se tu tem conhecimento, se tu vai bem. Agora, eu fico incomodado por que o treinador brasileiro se é vice-campeão, leva pau de tudo. O estrangeiro é vice-campeão e, pô, que baita campeonato que o cara fez. Aí o cara luta para não cair e se salva, ‘bah, que baita trabalho’. O brasileiro lutou para não cair e se salva, é ruim. ‘Bah, tu viu, ele tinha que ser campeão’. Pô, não… É essa de dois pesos, duas medidas, né?“, afirmou o treinador que concluiu.

Por exemplo, eu não posso deixar um jogador estrangeiro na reserva. Por casualidade, ele até pode ficar na reserva, mas se ele vem para ficar na reserva… Eu investi 10 anos num jogador da base e eu não vou dar oportunidade agora, deixo o jogador da base na reserva? Então isso é uma bengala do futebol brasileiro”, lamentou o ex-treinador.