O Brasil cumpriu o objetivo de garantir vaga para a Copa do Mundo de 2026, mas encerrou as Eliminatórias com números que escancaram a pior campanha de sua história.

Brasil de Ancelotti fecha Eliminatórias com 51% de aproveitamento, pior desde 2002. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF
© Thiago Ribeiro/AGIFBrasil de Ancelotti fecha Eliminatórias com 51% de aproveitamento, pior desde 2002. Foto: Thiago Ribeiro/AGIF

Com apenas 51% de aproveitamento (28 pontos em 18 jogos), a Seleção terminou na 5ª colocação, algo inédito desde a adoção do sistema de pontos corridos em 1996.

De acordo com dados levantados pelo Gato Mestre, do Ge, o desempenho mais criticado havia sido nas Eliminatórias para a Copa de 2002. Naquele ciclo, o time canarinho somou 30 pontos em 18 partidas, com 55,6% de aproveitamento, e chegou à competição sob desconfiança — embora tenha acabado campeão mundial na Coreia do Sul e Japão.

Agora, o cenário é ainda mais preocupante: a Seleção de Fernando Diniz, Dorival Júnior e Carlo Ancelotti registrou 4,6 pontos percentuais a menos que a equipe de 2002, consolidando-se como a pior campanha de todas.

Queda vertiginosa em duas edições

A diferença chama ainda mais atenção quando comparada ao ciclo de 2022. Sob o comando de Tite, o Brasil alcançou 45 pontos em 17 jogos, com impressionantes 88,2% de aproveitamento, recorde absoluto das Eliminatórias.

Ou seja, em apenas quatro anos a Seleção caiu 37 pontos percentuais em rendimento, despencando da liderança isolada para um modesto 5º lugar da tabela.

Novo formato, mesma pressão

Se o regulamento ainda fosse o antigo, em que apenas os quatro primeiros se classificavam direto, o Brasil teria terminado na repescagem continental. A mudança de vagas salvou a Seleção do vexame, mas não esconde a queda de rendimento.

Com vaga garantida no Mundial, resta saber se a equipe conseguirá repetir a história de 2002: campanha ruim nas Eliminatórias, mas final feliz na Copa do Mundo.