Ancelotti se espanta com foco em Neymar e vê Seleção evoluir sem ele
Quando desembarcou no Brasil, Carlo Ancelotti se surpreendeu com o quanto Neymar ainda é assunto recorrente na Seleção Brasileira. Segundo revelou a ESPN Brasil, o treinador “se assustou” com o tamanho da atenção dedicada ao atacante do Santos, mesmo após dois anos fora da equipe.

Nos bastidores da CBF, porém, o tema não tira o sono da comissão técnica. Pelo contrário, quanto mais a Copa do Mundo de 2026 se aproxima, mais distante Neymar parece estar dos planos para o torneio. O entendimento é de que seria positivo contar com o jogador em forma, mas a Seleção já aprendeu a jogar sem ele.
“Neymar pode jogar em seu mais alto nível nesta equipe sem nenhum problema”, afirmou Ancelotti, em entrevista coletiva antes do amistoso contra o Japão, nesta terça-feira (14). “Quando está em boas condições físicas, tem qualidade para atuar em qualquer time do mundo. Mas precisa estar em boas condições físicas”, reforçou o técnico.
Neymar na Seleção
Aos 33 anos, Neymar não veste a camisa da Seleção desde outubro de 2023, quando sofreu uma grave lesão nos ligamentos do joelho. Desde o retorno ao Santos, as seguidas lesões vêm impedindo o atacante de manter uma sequência e, consequentemente, de reconquistar espaço no grupo de Ancelotti.
Mesmo sem ele, o Brasil vive bom momento sob o comando do técnico italiano. São três vitórias, um empate e uma derrota, com apenas um gol sofrido (de pênalti, contra a Bolívia) e nove marcados. Na goleada por 5 a 0 sobre a Coreia do Sul, o treinador escalou Vinicius Jr., Rodrygo, Matheus Cunha e Estêvão entre os titulares, num quarteto ofensivo que encantou pela leveza e intensidade.
Brasil x Japão
O duelo contra o Japão, em Tóquio, o time acabou derrotado, mas com uma equipe bem alternativa. “A Seleção Brasileira quer jogar bonito, e pode jogar. Mas é preciso jogar bonito com e sem a bola. O mais importante é vencer”, concluiu Ancelotti.
Enquanto o grupo se afirma com novas lideranças e alternativas ofensivas, Neymar tenta retomar a forma física e ritmo de jogo. Dentro da CBF, o consenso é de que ele ainda tem espaço, mas não é mais o centro do projeto, um cenário inédito na última década da Seleção.