O clima no São Paulo é de tensão por resultados. Após a derrota para o Red Bull Bragantino, na última quarta-feira (8), relatos a respeito do ambiente estar 'pesado' e nada amigável tomaram conta dos veículos de notícia. Isso porque o time, que tinha o resultado nas mãos, levou a virada em apenas três minutos, o que fez com que a cobrança interna e externa aumentasse, principalmente sobre o treinador Rogério Ceni. 

Marcello Zambrana/AGIF. Rogério Ceni é alvo de críticas à frente do São Paulo
Marcello Zambrana/AGIF. Rogério Ceni é alvo de críticas à frente do São Paulo

O presidente do Clube, Julio Casares, foi o primeiro a sair em defesa de Ceni no comando da equipe, afastando qualquer possibilidade de demissão e defendendo a continuidade de trabalho. Agora foi a vez do dirigente e ex-técnico Muricy Ramalho sair em defesa do ídolo tricolor. Para ele, o comandante faz o possível com as peças que tem, e tropeços seram comuns ao longo do caminho.

"Achamos que ele é o ideal para o Clube, não porque ele é ídolo, é porque o dia a dia dele é bom, já é um dos grandes do Brasil. Não dá para perder os grandes, não pode só esperar resultado pra renovar, a gente acha ele diferente, estamos apostando no trabalho. Vai ter tropeço sim, mas a gente entende, porque não temos um grande plantel, mas nosso time dá resposta", disse o coordenador técnico à TNT Sports.

Outro fator importante para a permanência de Ceni sob o comando do São Paulo, segundo a análise do jornalista Arnaldo Ribeiro, é a arquibancada do Morumbi. A torcida tricolor se divide entre apoiar o comandante e ídolo do Clube, e acreditar que o ex-goleiro não é o melhor nome para a comissão técnica. Porém, a taxa elevada de torcedores por jogo no estádio do Clube e o apoio dos mesmos, se mostram extremamente favoráveis a Rogério Ceni.

"A maior prova disso foi a derrota contra o Corinthians no Morumbi que encerrou o tabu, o time não foi vaiado nem o Rogério foi ofendido ou questionado em nenhum momento. Esse apoio das arquibancadas e da torcida organizada é que tem segurado o Rogério Ceni, porque quando a arquibancada se volta contra, não tem dirigente que segure, como foi o caso do Sylvinho no Corinthians no ano passado", disse o jornalista para o Uol.