O diretor adjunto da base do São Paulo, Douglas Schwartzmann, negou qualquer envolvimento em um suposto esquema ilegal de venda de camarotes no estádio do Morumbis. Em contato com o UOL, o dirigente afirmou que jamais participou de negociações, comercialização ou gestão de ingressos ligados a eventos realizados no estádio. Segundo ele, não houve recebimento de valores, vantagens ou benefícios pessoais em nome do clube.

Schwartzmann afirmou que sua atuação no caso se limitou a tentar evitar que um conflito entre particulares gerasse desgaste institucional ao São Paulo. O dirigente destacou que agiu de forma pontual, sem caráter comercial, e reforçou que não exerce funções ligadas à administração ou locação de camarotes no Morumbis. A fala busca conter a repercussão negativa gerada pelos áudios divulgados.
Em nota, o diretor disse que as conversas vazadas foram privadas e tiradas de contexto. Segundo ele, exemplos citados durante os diálogos faziam referência à sua experiência profissional fora do clube e não refletem, em hipótese alguma, participação em práticas ilegais. O dirigente afirmou estar tranquilo quanto à apuração dos fatos.
A versão apresentada pelo diretor
Douglas Schwartzmann ressaltou que só tomou conhecimento da situação após os fatos já estarem consumados. Para ele, uma análise completa dos áudios demonstra que não houve conduta irregular de sua parte. O dirigente reforçou que nunca teve controle, acesso ou participação direta sobre o camarote citado nas investigações.
O diretor também destacou sua trajetória no São Paulo, citando resultados esportivos expressivos nas categorias de base. Sob sua gestão, atletas foram promovidos ao elenco profissional, contribuindo para o equilíbrio financeiro do clube. Além disso, lembrou conquistas recentes como a Copa do Brasil Sub-20 e a Copa São Paulo de Futebol Júnior.
Internamente, Schwartzmann acredita que sua imagem está sendo associada a um contexto político delicado vivido pelo clube. A crise se intensificou após denúncias envolvendo a comercialização de ingressos durante shows, o que gerou forte reação de conselheiros e pressão nos bastidores do Morumbis.
Afastamento e investigação em curso
Por respeito ao São Paulo, Douglas Schwartzmann optou por se afastar temporariamente de suas funções. A decisão, segundo ele, visa permitir que a apuração interna transcorra de forma tranquila e sem interferências. O dirigente afirmou estar à disposição para prestar esclarecimentos sempre que for solicitado.
O caso envolve também Mara Casares, diretora feminina, cultural e de eventos, além de citações ao superintendente Marcio Carlomagno. Ambos foram mencionados nos áudios divulgados pelo ge, que revelaram bastidores da suposta exploração comercial do camarote 3A, localizado próximo à sala da presidência.
A investigação interna segue em andamento, enquanto o episódio alimenta debates sobre governança, transparência e crise política no São Paulo. O desfecho do caso pode impactar diretamente a gestão atual e o cenário eleitoral do clube para 2026.