São Paulo eliminado no Paulista e Carpini pressionado
No último fim de semana, o São Paulo recebeu o Novorizontino no Morumbis em jogo válido pelas quartas de final do Campeonato Paulista. No tempo normal, o duelo acabou empatado em 1 a 1. O gol do Tricolor foi marcado por Ferreirinha.
A eliminação considerada precoce aumentou a pressão na comissão técnica liderada por Thiago Carpini, que não vem conseguindo fazer com que sua equipe desempenhe um bom futebol nas últimas partidas.
O trabalho do treinador não vem agradando boa parte da torcida, que pede constantemente a demissão do mesmo. Nem mesmo o título da Supercopa do Brasil diante do Palmeiras vem aliviando a situação.
Desde o título, o São Paulo entrou em campo nove vezes. Foram três vitórias, duas derrotas (sendo uma delas para o Santos, no Morumbis) e outros quatro empates, além de 14 gols feitos e 10 sofridos.
James vira assunto após eliminação
Além de todas as nuances envolvendo uma eliminação de um time grande para um de pouca tradição, uma pauta foi levantada por torcedores e comentaristas esportivos: por que James Rodríguez não cobrou um dos pênaltis?
James deveria ter batido o pênalti?
James deveria ter batido o pênalti?
196 PESSOAS JÁ VOTARAM
Sendo o grande craque do time, com participação em grandes decisões por onde passou, era natural o colombiano chamar a responsabilidade. Carpini revelou que o camisa 55 não se prontificou para bater e por isso ficou de fora.
Durante o programa Resenha da Rodada, da ESPN, Lugano defendeu James e viu empatia no meia, que preferiu não chamar a responsabilidade para evitar desperdício de cobrança.
Lugano defende e Luis Fabiano critica James
“Será que ele foi covarde ou foi consciente? Ele já errou dois pênaltis, no último mês teve problemas… Se ele erra o pênalti, todos os problemas do São Paulo iriam cair em cima dele. Não dá pra saber se foi consciente ou covarde”, questionou o ex-zagueiro.
Outro ídolo do Tricolor, no entanto, rebateu. Para Luis Fabiano, alguns jogadores não podem ter o psicológico abalado nesses momentos e que seria “obrigatório” James ter cobrado uma das penalidades.
“Tem jogador que não pode estar com o psicológico ruim. Na Libertadores eu perdi no tempo normal e bati na disputa de pênaltis. Tem jogador que é obrigatório (bater)”, opinou.
Fernando Prass, ex-goleiro do Palmeiras, seguiu a linha de raciocínio de Lugano. Para ele, a imagem que todos têm de James é do tempo de Real Madrid e Copa do Mundo com a Colômbia, mas que ele não deixa de ser um ser humano.
“Acho que a gente está demonstrando mais confiança no James do que ele. Se ele estivesse confiante, ele teria batido. Nós criamos uma imagem do James no Real Madrid, na seleção colombiana. Ele é ser humano e a gente muitas vezes temos a mania de usar nosso sarrafo pra medir outros jogadores. Já vi grandes jogadores que não quiseram bater pênalti”, pontuou.
Em entrevista coletiva após a partida, Carpini explicou que a escolha de quem irá cobrar o pênalti não é exclusiva da comissão técnica, mas em concordância com o atleta, que pode não estar confiante em ser um dos batedores.
“Quando desenha uma situação de pênaltis, temos relatórios que trabalhamos a semana inteira, tem o aproveitamento (nos treinos). Quando chega o momento (da disputa), precisamos ouvir o feedback do atleta e ele precisa sentir seguro e confiante para bater. Se não acontecer… a gente deixa à vontade para a escolha do atleta, quem abre, quem fecha. Isso é participação deles, o atleta pode não estar seguro consigo mesmo. Temos que entender esses processos e tomas as decisões”, disse o treinador.
Depois de todo o imbróglio de fica ou não fica, James decidiu permanecer no São Paulo e soma quatro jogos na temporada, com um gol e uma assistência. Aos 32 anos, o atleta tem contrato com o Tricolor até junho de 2025.