Casares dispara contra arbitragem e exige áudios do VAR após derrota no Choque-Rei

A derrota do São Paulo para o Palmeiras, neste sábado (4), no Morumbis, não ficou restrita às quatro linhas. No dia seguinte, o presidente Julio Casares se pronunciou em tom firme contra a arbitragem e voltou a cobrar mudanças profundas na condução do futebol brasileiro.

O arbitro Ramon Abatti Abel durante partida entre Sao Paulo e Palmeiras no estadio Morumbi pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Ettore Chiereguini/AGIF
© Ettore ChiereguiniO arbitro Ramon Abatti Abel durante partida entre Sao Paulo e Palmeiras no estadio Morumbi pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Ettore Chiereguini/AGIF

Segundo o dirigente, o Tricolor foi diretamente prejudicado por decisões do árbitro e do VAR, que, em cinco lances capitais, não chamaram o juiz de campo para revisão. Casares destacou que a omissão impactou o resultado e reforçou que a tecnologia precisa ser usada de forma igualitária.

Um dos pontos mais cobrados pelo mandatário foi a liberação imediata dos áudios das conversas entre árbitro e cabine do VAR. Ele pediu que a CBF “quebre o protocolo” para que a comunidade esportiva tenha acesso e saiba exatamente o que ocorreu durante a partida.

Desafio de vídeo

Casares também sugeriu a criação do “desafio de vídeo”, inspirado em outros esportes. A proposta prevê que cada técnico possa solicitar até duas revisões por jogo em lances duvidosos. Para o presidente, essa medida inibiria a omissão e até a “covardia” de árbitros em decisões de campo.

Julio Casares presidente do Sao Paulo antes da partida contra o Flamengo no estadio Maracana pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Jorge Rodrigues/AGIF

“Se a súmula já contempla todos os acontecimentos de uma partida, o áudio também deve estar lá. Precisamos virar a página da arbitragem no Brasil”, disse Casares, em vídeo publicado nesta segunda-feira.

Quer rigor

O presidente são-paulino afirmou que confia na boa intenção da atual gestão da CBF, mas pediu rigor maior contra erros graves. Para ele, a simples suspensão dos árbitros envolvidos não resolve, já que, em pouco tempo, eles voltam a apitar jogos importantes.

Por fim, Casares destacou que chegou “o limite” da paciência com a arbitragem. “O resultado não volta, mas é preciso iniciar um processo de mudança. Transparência é o primeiro passo”, concluiu o dirigente, confiante de que as propostas possam ser implementadas ainda nesta edição do Brasileirão Betano.