Técnico rígido
No último dia 20 de dezembro, o Santos apresentou oficialmente Fábio Carille como o novo treinador do clube. O técnico assinou um contrato de um ano, com a opção de renovação por mais uma temporada, e enfrenta a árdua missão de recolocar o Peixe na elite do futebol brasileiro até 2025.
A tarefa de Fábio Carille envolve não apenas a montagem de um elenco competitivo, mas também a administração de uma queda significativa na receita do clube, decorrente da ausência de direitos de transmissão da primeira divisão.
Diante desse cenário, o treinador descartou, por ora, a possibilidade de contratações para a próxima temporada, destacando a necessidade de ajustes financeiros e acordos salariais mais viáveis para o Santos.
O calendário enxuto do próximo ano, com apenas duas competições em vista (Paulistão e Série B), representa outro desafio para o Santos. Os jogadores que estão na mira do clube precisarão convencer Fábio Carille de que são peças fundamentais para o projeto, comprometendo-se a entregar o desempenho esperado ao longo da temporada.
Flexibilidade tática
Em uma coletiva, o treinador abordou alguns pontos cruciais para a sua estratégia no Santos. Em relação à forma de escalar o time, Carille ressaltou a flexibilidade tática, mencionando experiências anteriores em 2017 e 2021, quando o Santos demonstrou versatilidade nas suas abordagens táticas.
“Vou falar de duas situações do Santos de muitas outras. Em 2017 eu perdi um jogo aqui na Vila de 2 a 0 com dois gols de contra-ataque do Santos. Teve momentos em que o Santos jogou assim. E falando do meu momento em 2021, eram três zagueiros, mas com jogadores de lado, Marcos Guilherme, Lucas Braga ou Madson. Meu meio de campo não tinha nenhum de marcação, com três atacantes. Marinho, Marcos Leonardo, Tardelli, Angelo, Léo Baptistão. Enfim, essa questão de eu ser totalmente reativo, eu entendo totalmente sobre 2019. Foi um ano muito bom, chegamos à semi da Sul-Americana, fomos campeões paulistas. Mas olhar esses momentos do Santos, de 2017 e de 2021, meu time não era reativo.”, disse o técnico santista.
Acha que Carille vai ser um bom técnico para o Santos?
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Sobre a possibilidade de utilizar um esquema com três zagueiros, o treinador explicou que não é uma preferência pessoal, mas que sua escolha depende do elenco disponível. Com pouco tempo para a pré-temporada, Fábio Carille enfatizou a necessidade de uma abordagem estratégica eficiente, considerando o início precoce das competições. A estreia contra o Botafogo, marcada para o dia 21 de janeiro, acrescenta urgência à preparação da equipe, tornando crucial a definição rápida de um estilo de jogo que se adeque ao elenco disponível. O Santos e sua torcida aguardam, com expectativa, a condução de Fábio Carille nesse desafiador processo de reconstrução.
“Não é uma preferência minha. Eu gosto do 4-2-3-1. Se eu tivesse que montar um elenco do zero, eu ia buscar isso. Mas não sou engessado num esquema tático. Eu gosto de jogar assim, tem de jogar assim. Quando tivermos a definição do elenco, vamos sentar junto com todos e definir uma forma de jogar, porque nossa pré-temporada é muito curta. Não dá tempo de ficar fazendo muitas experiências, porque dia 21 já temos a estreia contra o Botafogo”, finalizou Carille.