Santos em colapso: até aliados cobram mudanças imediatas do presidente

O presidente Marcelo Teixeira vive um dos momentos mais turbulentos de sua gestão no Santos, pressionado até por aliados que antes apoiavam suas decisões. A eliminação para o CRB na Copa Betano do Brasil acentuou a crise, e dirigentes reclamam da lentidão para agir. A torcida e conselheiros exigem mudanças no departamento de futebol, mas a falta de recursos e a desorganização interna dificultam avanços.

SP – SAO PAULO – 20/04/2025 – BRASILEIRO A 2025, SAO PAULO X SANTOS –  Marcelo Teixeira presidente do Santos durante chegada da equipe para partida contra o Sao Paulo no estadio Morumbi pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Fabio Giannelli/AGIF
© Fabio Giannelli/AGIFSP – SAO PAULO – 20/04/2025 – BRASILEIRO A 2025, SAO PAULO X SANTOS – Marcelo Teixeira presidente do Santos durante chegada da equipe para partida contra o Sao Paulo no estadio Morumbi pelo campeonato Brasileiro A 2025. Foto: Fabio Giannelli/AGIF

A saída do CEO Pedro Martins e de outros dirigentes, como Guilherme Sousa e Fabrício Vasconcellos, é defendida por assessores próximos a Teixeira. No entanto, há uma disputa de poder entre o departamento de futebol e conselheiros, incluindo o filho do presidente, Marcelinho Teixeira, que interfere no dia a dia do clube. A contratação do estrategista político Davi Morgado, rapidamente afastado, mostrou a falta de rumo na gestão.

Enquanto a diretoria hesita, o técnico Cleber Xavier permanece no cargo, mas sua continuidade depende de resultados imediatos. O Santos precisa de reforços, mas a situação financeira é crítica, e até a renovação de Neymar, com contrato até 30 de junho, está incerta. A janela de transferências se aproxima, e a falta de planejamento preocupa torcedores e investidores.

Torcida também não está satisfeita

A pressão externa só aumenta: protestos no CT Rei Pelé e críticas nas redes sociais mostram o descontentamento geral. Torcedores exigem transparência e ações concretas, enquanto o time luta para escapar da zona de rebaixamento no Brasileirão Betano. O próximo jogo, contra o Vitória, pode definir o futuro de Teixeira e sua equipe.

Neymar após a eliminação do Santos na competição. Foto: Itawi Albuquerque/AGIF

Se o Santos não reagir, a crise pode se aprofundar, com riscos esportivos e financeiros. A diretoria precisa agir rápido para evitar um colapso ainda maior no segundo semestre. A torcida, cada vez mais revoltada, não aceitará mais promessas sem resultados.

Neymar se frustra no retorno ao Santos

Quase 40 dias depois de sua lesão, Neymar voltou a atuar pelo Santos em uma noite frustrante para o camisa 10. Entre altos e baixos, a eliminação para o CRB, nesta quinta-feira, pela Copa do Brasil, colocou em xeque a renovação do craque, cujo contrato vence em 30 de junho – só há mais três jogos a serem disputados até lá.

O próprio jogador disse, logo depois da queda, que ainda não sabe se vai estender seu contrato com o Peixe, que vive uma crise sem fim na temporada: desde a vitória sobre o Atlético-MG, quando Neymar se lesionou, o Alvinegro não teve mais sucesso em suas empreitadas.