Vila Belmiro trabalha além das quatro linhas
O Santos está focado na decisão do Paulistão, já que tem o Palmeiras pela frente, no Allianz Parque, no próximo domingo (3). Entretanto, além das questões dentro dos gramados, a gestão de Marcelo Teixeira segue no trabalho para repaginar o Clube. O grande problema é solucionar heranças de gestões passadas.
Neste contexto, a administração Rueda entrou na mira do Conselho Fiscal (CF). Segundo apuração do portal Diário do Peixe, o Clube tem uma dívida maior que R$ 700 milhões. O portal citado teve acesso ao relatório do CF e divulgou o passivo circulante fechado em 31 de dezembro de 2023, apontando o valor de R$ 314.228.000,00. Além disso, fez uma comparação com o mesmo dado do final de dezembro de 2022, que fechou o passivo circulante em R$ 351.598.000,00
Alguns exemplos de passivo circulante são os impostos relacionados ao enquadramento tributário e encargos sociais de todos os seus funcionários, e outros débitos como: Contas mensais (luz, água, telefone, internet, entre outras) Férias e 13º salário. Adiantamento de salário. Porém, na outra ponta, houve um aumento no passivo não circulante.
Em um ano, tal dado subiu de R$ 354.776.000,00, para R$ 460.846.000,00. O passivo não circulante é o conjunto de obrigações e dívidas de uma empresa que devem ser pagas dentro de um prazo superior a um ano. O Diário do Peixe também destacou que o patrimônio líquido do clube é de R$ 403.019.000,00.
Por que Rueda pode ser expulso?
Embora um superávit de R$ 1,032.937,00 tenha sido apresentado sobre o ano de 2023, o Conselho Fiscal do Clube recomendou a reprovação das contas da gestão Andrés Rueda, por conta de uma série de condutas. Na avalição do CF, o trabalho do ex-presidente é apontado como “Gestão temerária”.
Coo exemplo do problema, o documento do CF traz a antecipação das receitas sobre placas de publicidade do Brasileirão de 2023, englobando o período de 2025 a 2028. O contrato foi firmado com a Brax e o Santos embolsou R$ 25 milhões de luvas, referente a 25,55% do valor do contrato. Tal medida foi cravada como inapropriada e, desta forma, a movimentação pode gerar a abertura de um processo na CIS (Comissão de Inquérito e Sindicância).
“O comprometimento das receitas de período superior ao mandato é ilegal perante o Estatuto, e tal conduta deve ser objeto de apuração pela Comissão de Inquérito e Sindicância”, aponta o documento detalhado pelo Diário do Peixe.
Caso a reprovação das contas de Rueda seja reprovada, o ex-presidente pode ficar inelegível por 10 anos. Porém, se o processo aberto pelo CIS cravar a gestão temerária, Rueda por ser expulso do Alvinegro Praiano. Vale lembrar, que assim que deixou a presidência, o ex-dirigente assumiu como Conselheiro Nato do Santos.