POLÊMICA

Há quase três meses, o Santos anunciava a saída de Paulo Roberto Falcão do comando do departamento de futebol. Após contratações questionáveis no primeiro semestre, o dirigente de 69 anos pediu para deixar o Peixe após a divulgação de uma denúncia de importunação sexual por parte de uma funcionária do condomínio residencial onde mora, no litoral paulista. Em seu lugar, chegou Alexandre Gallo.

Foto: Raul Baretta/SFC – Falcão trabalhou de janeiro a início de agosto como coordenador de futebol do Santos
Foto: Raul Baretta/SFC – Falcão trabalhou de janeiro a início de agosto como coordenador de futebol do Santos

Desde então, o nome de Falcão esteve sumido dos noticiários. Nesta sexta-feira (20), a Justiça de São Paulo arquivou o inquérito que investigava o ex-coordenador do Peixe. O pedido veio por meio do Ministério Público Estadual (MPE-SP). De acordo com apuração do portal G1, não há indícios da ocorrência de ilícito penal de modo a justificar o prosseguimento do caso.

SENTENÇA

“Não sendo possível concluir que o investigado tenha praticado em face da vítima ato libidinoso, com o objetivo de satisfazer a própria lascívia”, escreveu o juiz, na decisão. Ainda segundo ele, “nem todo contato físico pode ser interpretado como ato libidinoso”, justificou o juiz Leonardo de Mello Gonçalves, da 2ª Vara Criminal de Santos. O G1 teve acesso ao documento do magistrado.

Alexandre Gallo deve ser mantido para 2024?

Alexandre Gallo deve ser mantido para 2024?

SIM
NÃO

142 PESSOAS JÁ VOTARAM

Apesar de concluir que não houve delito, o MP não tirou a credibilidade e o incômodo da suposta vítima. O juiz disse ainda que Falcão “foi inconveniente e certamente causou desconforto na vítima, situações essas que causaram por parte desta, a leitura do comportamento do investigado como sendo uma forma de assédio”.

Após o arquivamento do inquérito pela Justiça de SP, por falta de base para a denúncia, a Polícia poderá proceder a novas pesquisas. Vale reforçar que, pela lei, Falcão corria risco de ser condenado de um a cinco anos de prisão.

O QUE DIZEM OS TORCEDORES