Em baixa nesse início de temporada, o Santos tem compromisso marcado nesta terça-feira (2), às 21h30, no Estádio Marcelo Bielsa, válido pela terceira rodada da Copa Sul-Americana. Durante entrevista ao portal Superesportes, o goleiro João Paulo lamentou a desconfiança da torcida do Alvinegro Praiano no elenco. O arqueiro ainda é contra a priorização de uma competição na temporada, além de destacar que está insatisfeito com seu desempenho nas cobranças de pênaltis.
Diante do desempenho apresentado no Estadual, os santistas ficam apreensivos com o decorrer da temporada, inclusive, em um possível rebaixamento no Brasileiro. Entretanto, o capitão do Santos tranquilizou os torcedores. “Aquela partida contra o Ituano foi uma virada de chave na nossa atitude e comprometimento dentro de campo. O Campeonato Brasileiro esse ano, especificamente, vai ser muito difícil. Mas acho que a gente vai brigar por uma vaga na Libertadores. Esse é o nosso maior objetivo. A gente sabe que brigar por título é muito difícil, porque existem outras equipes em um nível melhor financeiramente. Até mesmo em termos de elenco, com jogadores com mais história no futebol. A gente tenta tirar de lado essa parte de brigar por rebaixamento, que vem muito da nossa torcida, mas o nosso objetivo é uma vaga na Libertadores”.
João Paulo ainda revelou incômodo com o posicionamento de parte da torcida, que acredita que o elenco irá brigar na parte de baixo da tabela. “A gente quer mostrar que eles (torcedores) estão errados, que temos valor e qualidade para conquistarmos os nossos objetivos. A gente fica triste pelo fato de o nosso próprio torcedor não ter confiança na gente. É claro que os nossos últimos anos fizeram isso acontecer, mas a gente acredita muito no nosso trabalho”.
Uma das críticas da torcida sobre o desempenho do goleiro em campo é não conseguir demonstrar efetividade nas cobranças de pênalti. Mas o arqueiro tranquilizou os santistas apontando que vem trabalhando para a evolução nesse quesito. “Isso é algo que me incomoda. Não vou mentir. Venho me dedicando muito antes dos jogos. O pessoal da análise me passa os vídeos para estudar os batedores adversários. Vejo os pênaltis, fico convicto de que vou defender baseado nas últimas cobranças, mas o batedor não colabora (risos). Acaba mudando o lado na hora. Mas é algo que me incomoda bastante. Tenho que ter cabeça tranquila, porque sei que essa chavinha vai mudar logo, logo”.
O arqueiro ainda relembrou os desempenhos dos últimos anos e como acaba fazendo uma pressão maior na busca por uma reação. “Temos convivido com essa desconfiança de como vai ser o ano do Santos ou de como o Santos vai entrar no Campeonato Brasileiro. Nos últimos dois anos nós tivemos dificuldades, mas em nenhum momento bateu o desespero de que seríamos rebaixados. Ainda assim, a gente está tentando tirar essa bagagem pesada dos ombros para podermos ter uma sequência melhor. Se conseguirmos uma boa vitória, com o time jogando bem, a tendência é isso acontecer”.