Quem já jogou poker em grandes clubes do Brasil, ou ainda no BSOP, por exemplo, já deve ter ouvido falar de Leo Rizzo. Na maioria das vezes, ele comemora uma mão puxada com alto e sonoro grito: “É tudo do oitavo!”. A brincadeira é por que este empresário paulista, conhecido por ser o “rei dos camarotes” nos estádios de futebol, foi o 8º colocado na WSOP Circuit 2018, no Rio de Janeiro, quando recebeu R$ 112.183.
De malas prontas para Las Vegas, ele vai jogar pela 3ª vez os torneios da WSOP, a chamada Copa do Mundo de Poker. “Eu espero conseguir pular minha posição, saindo de 8º do mundo e quem sabe não ser campeão mundial, né?”, disse Rizzo em entrevista exclusiva para o Bolavip Brasil, onde também comentou que não costuma ser um grande estudioso do jogo, mas a carrega consigo um grande instinto de competição.
“Eu acredito que a vida é muito curta para a gente se prender, deixar de fazer o que gosta e dá prazer”, disse o jogador e empresário. “Quando estou na mesa de poker pode ter 100 pessoas no torneio, ou ter 20 mil pessoas, eu quero é passar por cima e cravar meu nome lá. Eu acho que o poker é isso é o jogo da vida. O intuito é no final contar uma bela história. Você tem que entregar o melhor para realizar sonhos. E o poker é isso na minha vida”, complementou.
Segundo o perfil de Leo Rizzo no “The Hendon Mob”, ele possui quase US$ 200 mil em premiações no circuito presencial. A maior delas, foi um 2º lugar “Main Event” do Big Hit, em agosto do ano passado, quando levou R$ 276.260. Dono de uma risada alta, um jeito expansivo e uma coleção de troféus, o jogador declarou que uma das grandes armas dele é mesmo a “resenha” que produz nas mesas.
“Eu uso isso como uma grande estratégia, que é a hora que você vai ver quem é aquela pessoa mais recreativa no jogo, quem é o profissional. Quando você não conhece o pessoal da mesa, a gente solta uma piadinha… É o meu jeito de ser no poker, uma pessoa bem extrovertida. E acaba funcionando no momento mais delicado no torneio, você sabe se aquela pessoa vai te acelerar, vai jogar mais ‘tight’, enfim, tudo é válido, desde que não exista nada de uma forma ilegal ou constrangedora dentro do jogo, né?”, disse.
Preparação para WSOP
Antes de engatar no salão de torneios do recém-renomeado Cassino Horseshoe, em Las Vegas, onde ocorre as disputas da WSOP, Rizzo pretende passar uma semana passeando pelos Estados Unidos com a esposa, amigos e familiares. A preparação dele para grandes torneios inclui um segredo todo especial. “Dois dias antes do ‘Main Event’ vou dar uma boa descansada, aproveitar uma piscina no hotel, e no dia do torneio vou comer pouco no café da manhã”, revelou.
“Acho que todo jogador de poker tem um sonho que é jogar o ‘Main Event’ da WSOP. É o único momento do ano que realmente eu não olho meu celular, me desligo do mundo e deixo minhas empresas nas mãos dos meus funcionários. Eu vou atrás de um sonho, que é o sonho de todo mundo que é amante desse esporte sensacional, que é o poker”, complementou o empresário que possui camarotes nos principais estádios de futebol de São Paulo, além de organizar festas e concorridos eventos.
Las Vegas e os negócios
Durante a WSOP, Las Vegas respira o poker mais do que em qualquer outro período. Mas nem por isso a cidade deixa de oferecer outros atributos da vida noturna. Um prato cheio para quem vive de proporcionar entretenimento as pessoas. “É sempre uma fonte inspiradora, porque Vegas sabe receber, seja no barzinho mais simples, ou em uma festa na suíte presidencial”, explicou Leo Rizzo que disse já ter ido mais de 12 vezes para a cidade.
Nesta Copa do Mundo de Poker, o Brasil já conquistou um bracelete através de Rafael Reis, mas o “rei dos camarotes” está confiante que outros ainda virão. “O Brasil já é uma realidade no poker, temos os maiores nomes do online e o pessoal do ‘live’ está vindo cada vez mais forte”. A conquista de um título mundial de poker vem sempre acompanhada de grandes premiações, mas para Rizzo, o que interessa mesmo é a glória.
“O dinheiro é muito importante. A gente joga pelos prêmios e tudo mais, só que sonho com o reconhecimento e ele é o bracelete. Essa é a minha motivação. Vire e mexe, nos torneios que eu jogo, brinco e falo, mas no fundo é pura realidade. Eu quero saber do troféu, não quero saber do prêmio, porque é isso que vai te colocar ali naquela satisfação pessoal, né? E dinheiro é uma coisa que quando você é bom, você se destaca no que você faz você consegue”, finalizou.