Os acordos financeiros no poker são sempre um assunto muito polêmico. Alguns defendem que uma nova divisão da premiação em retas finais de torneios valiosos é algo vantajoso, já que ajuda a diminuir a variância do jogo. Contudo, outros acreditam que é uma atitude que foge do espirito esportivo do jogo, já que em nenhum outro esporte ocorre algo deste tipo, você não vê, por exemplo, dois jogadores de tênis fazendo um acordo em uma final de um “Grand Slam”, mas a verdade é que o poker é mesmo diferente.
Inspirado por uma publicação nas redes sociais do Gabriel Fagundes, da Escola de Poker Grinder, recentemente entrevistado pelo “PokerCast”, do portal “SuperPoker”, resolvemos reproduzir dois pontos interessantes que precisam ser levados em conta no momento de definir um acordo. Antes de mais nada, é necessário relembrar que estes tratos financeiros só são realizados perante uma aceitação unanime dos envolvidos.
Além disso, em torneios como a WSOP, a organização da chamada Copa do Mundo de Poker, não permite os acordos de maneira oficial. Quando eles ocorrem são realizados de forma paralela, através dos próprios jogadores. No “heads-up” do “Main Event” deste ano o campeão Daniel Weinman afirmou que não fez nenhum acordo com Steven Jones, mas vendeu parte da equidade dele na disputa final para investidores de fora.
A publicação de Gabriel Fagundes afirma que é preciso estar atento no momento dos acordos, não fazer os tratos com pressa ou desatenção. Além disso, caso você tenha uma grande vantagem nas fichas, uma nova divisão da premiação pode não ser algo lucrativo. Outro ponto importante é se você julgar que possui uma vantagem técnica grande quanto aos outros adversários. Se acreditar que é este o caso, certamente é melhor jogar pela recompensa total.