Um dos fatores que torna o poker um esporte da mente é que o jogador vencedor nem sempre é aquele que possui a melhor combinação de cartas. Através do blefe é possível induzir o adversário ao erro e desistir de uma jogada na qual ele ganharia o pote. Nas grandes transmissões de poker live não são poucas as vezes que esse tipo de jogada atraiu a atenção.
Durante a mesa final do EPT de 2018 o húngaro Krisztian Gyorgyi foi ousado demais. O jogador recreativo que na época trabalhava como metalúrgico conseguiu entrar no torneio através de um satélite de € 5 realizado no PokerStars e fez história. Uma jogada dele segurando 72 de naipes diferentes, talvez a pior combinação de mão pessoal possível no Texas Hold´em, ficou marcada como um dos grandes blefes da humanidade.
A ação aconteceu nos blinds 30.000/60.000, quando o lituano Jozonis no botão aumentou para 125.000. No small blind, o Gyorgyi reaumentou a aposta inicial e foi pago. O flop foi QT9, com todas as cartas de ouros. Ainda representando força na mão, o húngaro apostou novamente, dessa vez 500.000 e recebeu outro call. O turn foi um 4 de paus e o blefador colocou todas as fichas no centro do pano.
Mesmo com uma mão melhor e com as possibilidades de fazer o flush nuts, já que ele tinha um A de ouros, ou ainda uma sequencia maior, o oponente acabou foldando. Não contente em ter puxado o pote, Gyorgyi ainda revelou as cartas que tinha e fez uma grande festa. Na transmissão é possível ouvir o lendário Patrick Antonius dizer que aquilo era ótimo para a televisão.
Mas não pense que depois de ver o vídeo desse blefe histórico você vai sair conseguindo puxar potes que perderia normalmente. É preciso saber blefar, contar uma mentira boa desde o início e realmente acreditar que possui a melhor mão. Alguns profissionais também recomendam saber em quem passar o blefe, já que de nada adianta falar um português claro com alguém que só entende russo.
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