O sonho de muitos apaixonados pelo baralho é ser um jogador profissional de poker. A imagem que se vem à mente é a de viagens pelo mundo, quantias exorbitantes de dinheiro, festas regadas as melhores bebidas e toda extravagancia que as altas recompensas podem fornecer. Contudo, a vida deste pequeno e seleto grupo não é bem assim. Um profissional de poker precisa ter muita disciplina e não possui nenhum direito trabalhista.
O jogador de baralho é um profissional liberal, ou seja, não trabalha sobre o regime de CLT, que engloba entre outros benéficos férias remuneradas de 30 dias, plano de saúde, fundo de garantia, vale transporte e alimentação, além de prazo determinado para o pagamento. Ter como uma única fonte de renda os proventos do poker significa precisar se organizar e separar uma verba para esses gastos.
A grande dificuldade do jogador profissional é saber lidar com o que é chamado de variância. Em entrevista ao podcast Inteligência LTDA, um dos maiores atletas da mente do Brasil, Yuri Martins revelou que ele acaba perdendo na imensa maioria das vezes. De acordo com o craque tupiniquim a porcentagem de derrotas é de 82%, mas quando ele consegue uma vitória elas são significativas ao ponto dele se tornar lucrativo.
Mesmo com tantas dificuldades para encontrar a profissionalização existem exemplos que merecem ser seguidos. Em 2023, por exemplo, Felipe Mojave completa 15 anos vivendo única e exclusivamente do esporte da mente. A realidade é que a carreira no baralho é algo único, é bem verdade, é a materialização daquilo que pode ser definido como transformar o lazer em trabalho, mas tudo precisa ser muito bem pensado e trabalho. Não é fácil, mas com certeza é possível.
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