Jogar uma mesa final de Main Event da WSOP, a chamada Copa do Mundo de Poker, é um sonho para poucos jogadores. No entanto, na hora de receber as astronômicas premiações destinadas aos finalistas esse sonho pode se transformar em pesadelo. O motivo são as altas taxas de impostos que os jogadores precisam pagar. Para se ter uma ideia, cerca de 17,81% da premiação total dos primeiros colocados foram mordidos pelo “Leão”.

Dinheiro na mesa é tradição no Main Event da WSOP (Foto: Hayley Hochstetler/PokerNews)
Dinheiro na mesa é tradição no Main Event da WSOP (Foto: Hayley Hochstetler/PokerNews)

Quem se deu bem nessa foi o campeão, Espen Jorstad. Isso porque se o norueguês morasse em seu país natal ele teria que pagar 39% do prêmio recebido de US$ 10 milhões em impostos. Mas como o vencedor da principal competição de poker do mundo reside no Reino Unido, onde os ganhos no esporte da mente não são taxados, ele pode comemorar livremente essa forra da vida.

Já o segundo colocado, o australiano Adrian Attenborough, se deu mal em relação aos impostos. Ele mora em Las Vegas e por isso estima-se que teve que pagar US$ 2,4 milhões de taxa sobre o prêmio de US$ 6 milhões destinado ao vice-campeão. O mesmo aconteceu com o argentino Michael Duek, que também reside nos Estados Unidos e deixou para o governo americano quase US$ 1,6 milhão do prêmio total dele de US$ 4 milhões.

Outros dois jogadores que se deram bem por morarem no Reino Unido foi o quarto colocado John Eames que ficou com os US$ 3 milhões recebidos por ele limpinho, sem impostos. Mas quem tem que comemorar muito mesmo é o francês Philillipe Souki, eliminado em oitavo para um prêmio de US$ 1.075.000. Caso ele morasse na França poderia ter que pagar uma taxa de 47,5%, mas como também reside no Reino Unido recebeu o prêmio integral.

*As informações e contas das taxas foram feitas pelo site “Taxable Talk”