Declaração completamente infeliz:

Uma situação muito deliciada ocorreu na última segunda-feira (17), quando Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, ao ser questionado após o sorteio dos grupos da Libertadores e Sul-Americana, sobre como ficariam as competições sem os brasileiros, devido à falta de atitudes da Confederação sobre os constantes casos de racismo.

Leila Pereira, do Palmeiras, não aliviou em sua resposta.
© Thiago Ribeiro/AGIFLeila Pereira, do Palmeiras, não aliviou em sua resposta.

Em sua resposta, o estrangeiro fez uma comparação inacreditável: “Isso seria como Tarzan sem Chita. Impossível”, disse, citando o personagem criado por Edgar Rice Burroughs e sua inseparável chimpanzé.

Resposta de forma “ácida”:

Por conta disso, Leila Pereira, do Palmeiras, não aliviou e rebateu, conforme trouxe o GE:

“Quando vi a declaração do presidente Alejandro Domínguez, confesso que custei a acreditar que ela fosse verdadeira. Achei até que pudesse ser um vídeo manipulado por Inteligência Artificial. Aliás, pensando bem, acho que nem mesmo a Inteligência Artificial seria capaz de produzir uma declaração tão desastrosa quanto esta”, iniciou.

“Não é possível que, mesmo após o caso de racismo do qual os atletas do Palmeiras foram vítimas no Paraguai, o presidente da Conmebol faça uma comparação abominável como a que ele fez. Parece até uma provocação ao Palmeiras e aos demais clubes brasileiros”, prosseguiu.

“A declaração do presidente Alejandro demonstra, mais uma vez, a dificuldade da Conmebol em compreender o que é racismo. Se as pessoas que comandam o futebol sul-americano nem sequer sabem o que é racismo, como serão capazes de combatê-lo?”, questionou.

Alejandro Domínguez foi extremamente infeliz – Foto: Mateus Bonomi/AGIF.

Palmeiras vai tomar atitude:

“O Palmeiras, juntamente com a Libra e a LFU, enviou uma carta à Fifa pedindo providências e apontando a necessidade de penas mais rigorosas em episódios de racismo no futebol. Seguiremos fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance para combater este crime, mas precisamos da ajuda de todos!”, disse.

“Os clubes brasileiros são responsáveis pela grande maioria das receitas geradas pela Conmebol e, juntos, têm de se impor para cobrar a aplicação de penas exemplares em casos de racismo. Repito: a impunidade é a semente do próximo crime”, completou.

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