Palmeiras encara eleição presidencial e Leila Pereira será avaliada

O Palmeiras está prestes a decidir seu futuro nas urnas, isso porque no próximo domingo (24), acontece a eleição presidencial com os sócios do clube decidindo se Leila Pereira segue no comando do Palestra, ou se Savério Orlandi, candidato da oposição assume o Verdão para uma nova gestão à frente do Maior Campeão do Brasil.

Leila Pereira abriu o jogo sobre o que pensa da Mancha Verde
© Thiago RibeiroLeila Pereira abriu o jogo sobre o que pensa da Mancha Verde

O momento é inédito para a atual mandatária da Sociedade Esportiva Palmeiras, já que é a primeira vez que ele encontra uma oposição combativa, inclusive, Leila Pereira tem sido alvo de inúmeras acusações pela chapa de oposição, que aponta erros na atual gestão, bem como problemas na conduta da dirigente.

Contudo, a presidente segue com sua linha bastante transparente quanto aos seus planos, bem como na defesa de sua postura. Neste contexto, chama atenção o posicionamento de Leila referente a principal torcida organizada do Palestra, a Mancha Verde. Em entrevista para a jornalista Alicia Klein, do Uol Esporte, ela voltou a mandar um recado velado para a uniformizada.

O atrito entre as partes estourou no início de 2022. Se antes a relação era marcada por apoio mútuo, depois se transformou em um problema que gerou até medida protetiva pedida pela presidente contra o principal líder da Mancha. Leila detalha à Alícia como tudo começou e o que lhe irritou.

Por que Leila rompeu com a Macha Verde?

“Eles entenderam que eles poderiam administrar o Palmeiras junto comigo. Aí não é possível. Eu não posso deixar que uma parte da torcida do Palmeiras diga: ‘Ó, esse tem que ficar, esse tem que sair’. Não é assim. Aí eu conversei com eles. E aí começou, eles não entendiam, e aí eu resolvi: ‘Então chega, vocês ficam pra lá, torcedor tem que torcer’. Administradora do Palmeiras sou eu, eu fui eleita”, afirmou a presidente.

Leila Pereira com a Mancha antes do atrito estourar no Palestra – Foto: Ale Cabral/AGIF

Na sequência, indagada sobre a medida protetiva, a presidente lamentou o fato e explicou que não é algo que foi direcionado a todos palmeirenses e sim, algo pensado em sua segurança, já que havia recebido ameaças:

Presidente não se calou sobre medida protetiva

“Foi uma coisa muito triste. Eu sempre respeitei todos os torcedores. Sempre tratei de uma forma igualitária. E aí começaram a ter ameaças muito fortes, muito sérias. Aí eu tenho uma medida protetiva”, afirmou Leila, para na depois deixar claro que a medida não para a torcida como um todo.

“Não é contra a torcida organizada. E eu decidi que eles ficam pra lá, e eu fico pra cá, não me envolvo. Aliás, mesmo antes, nas gestões anteriores, sempre houve um afastamento da torcida organizada. A gente trata o torcedor como um todo. Nós temos milhões de torcedores. Então, depois dessas ameaças, eu achei uma coisa muito séria”, finalizou.