Cruzeiro X Palmeiras: Partida acontece sob polêmicas envolvendo emboscada da Mancha
O Palmeiras entra em campo nesta quarta-feira (4) para o seu penúltimo compromisso na temporada de 2024, diante do Cruzeiro, no Mineirão. A partida acontece sob a polêmica resultante da emboscada realizada pela Mancha Alviverde, contra a torcida organizada do Cruzeiro, em outubro, na rodovia Fernão Dias e que deixou uma vítima e 17 feridos.
Na noite da última terça-feira (4), a presidente Leila Pereira foi informada de que a CBF reconsiderou sua decisão de determinar portões fechados no Mineirão e quer que o jogo aconteça com a presença das duas torcidas. Tal posicionamento, contraria o pedido feito pelo governo de Minas Gerais, que se mobilizou na Justiça para torcida única.
Entretanto, além da reviravolta sobre a presença de público, a Sociedade Esportiva Palmeiras também foi surpreendida por conta de estar sendo processada no Tribunal de Justiça de São Paulo por quatro familiares de José Victor dos Santos Miranda, torcedor do Cruzeiro morto após os atos de violência.
Os processos contra o Clube alegam danos morais e pedem R$ 9 milhões, o valor engloba indenizações e honorários. As ações estão sob a orientação do advogado Juliano Pereira Nepomuceno e tem como base, o argumento de que o clube não realizou medidas para combater e coibir o comportamento da Mancha.
O que diz o processo contra o Palmeiras sob emboscada?
Um dos trechos da ação detalha: “Mesmo diante do histórico violento da Mancha Alvi Verde, que ensejou conflitos terríveis e até mesmo mortes, o clube paulista se omitiu, não promoveu medidas de prevenção e proibição adequadas. Logo, a inércia do Palmeiras diante de tais eventos criou um ambiente propício para que os atos se repetissem”.
“O clube deve ser responsabilizado por permitir que a torcida tenha continuado suas atividades violentas sem punições efetivas e apropriadas”, pede a ação movida pelos familiares da vítima. Contudo, o fato gerou espanto nos bastidores do Verdão, de acordo com apuração do portal Globo Esporte.
O que a direção do Verdão pensa sobre o processo?
A apuração do portal citado conferiu que o clube está de certa forma revoltado com a movimentação na Justiça, pois, acredita que não tem qualquer ligação com o fato, já que a emboscada ocorreu em uma rodovia, além disso, não tem relações com a Mancha. Inclusive, Leila Pereira tem uma medida protetiva contra líderes da organizada.
Na última terça-feira (3), foram presos, pela Polícia Civil, dez pessoas envolvidas na emboscada, no entanto, o presidente da Mancha Alviverde, Jorge Luiz Sampaio Santos e o vice-presidente Felipe Mattos dos Santos, ainda estão sendo procurados para o cumprimento de prisão temporária decretada.