Diretor do Palmeiras detona Rogério Ceni

O diretor de futebol do Palmeiras, Anderson Barros, reagiu às críticas feitas por Rogério Ceni ao estilo de jogo de Abel Ferreira após a vitória do Bahia sobre o Verdão. Para o dirigente alviverde, o treinador adversário extrapolou ao comentar sobre a forma de jogar da equipe paulista.

O diretor de futebol Anderson Barros, da SE Palmeiras, concede entrevista coletiva, na Academia de Futebol. (Foto: Cesar Greco)
© Cesar GrecoO diretor de futebol Anderson Barros, da SE Palmeiras, concede entrevista coletiva, na Academia de Futebol. (Foto: Cesar Greco)

“Quanto à crítica do treinador do Bahia sobre a forma como supostamente o Palmeiras joga, não vale perder tempo. Os títulos que o clube conquistou sob o comando da comissão técnica do Abel demonstram a excelência do trabalho desenvolvido. A declaração do senhor Rogério Ceni entra em uma questão ética complicada e eu acho que ele deveria repensá-la”, afirmou Barros.

O embate começou depois que Abel Ferreira reclamou publicamente do estado do gramado da Arena Fonte Nova, palco do duelo. Rogério Ceni rebateu, dizendo que o campo ruim favorecia o Palmeiras por supostamente se apoiar em ligações diretas entre Weverton, Flaco López e Vitor Roque.

Mais conversas

Barros, no entanto, voltou a criticar o piso da Fonte Nova. “Não podemos permitir que um jogo de Série A seja disputado em um campo como o da Fonte Nova. Ele não é ruim para o Palmeiras, ele é ruim para o Bahia, para os demais clubes, para os atletas, para o nosso futebol…”.

O diretor de futebol Anderson Barros, da SE Palmeiras, concede entrevista coletiva, na Academia de Futebol. (Foto: Cesar Greco)

O dirigente também lembrou que o próprio treinador do Bahia já havia condenado o gramado em outra ocasião. “O próprio treinador do Bahia, que ontem defendeu o campo da Fonte Nova, já disse que era preferível ter um campo sintético a jogar em um gramado sem a mínima condição como o da Fonte Nova. Não fui eu quem falei isso, foi o treinador do Bahia, o senhor Rogério Ceni, que aparentemente se esqueceu do que falou em 2024.”

Outros momentos

Para defender o uso do gramado sintético no Allianz Parque, Barros resgatou o histórico do clube. “Muita gente diz que o Palmeiras colocou o sintético no Allianz Parque para ter ganho esportivo ou para ajudar na recuperação após os shows, mas isso não é verdade. O Palmeiras instalou o piso artificial porque o gramado do Allianz Parque era ruim. Não podíamos continuar a oferecer um campo em más condições. Não é por acaso que, desde 2020, quando implementamos o sintético, o Palmeiras é um dos clubes do Brasil com menos lesões.”

A polêmica sobre o gramado ganhou força porque, no primeiro tempo do jogo em Salvador, Lucas Evangelista e Piquerez deixaram a partida sentindo dores. O Palmeiras promete levar uma reclamação formal à CBF sobre as condições do campo na Fonte Nova.