Resultado fundamental para o Palestra
O Palmeiras entrou em campo no último domingo (1) para encarar o Athletico-PR e conquistou uma importante vitória, ao bater os donos da casa por 2 a 0, em partida válida pela 25ª rodada do Brasileirão.
Resultado fundamental para a busca do Verdão ao topo da tabela. Agora, o Palestra está na terceira colocação, com 47 pontos, um a menos que o vice-líder, Fortaleza e três a menos que o Botafogo, que lidera a competição. Vale lembrar, que a vitória da equipe comandada por Abel Ferreira quebrou um jejum de seis jogos sem vencer como visitante no Brasileirão.
Após a partida, o comandante do Maior Campeão do Brasil concedeu entrevista coletiva e abordou situações que vão além do desempenho da equipe. O treinador logo de cara iniciou a entrevista fazendo um pedido de desculpas pela forma grosseira que tratou a jornalista Alinne Fanelli.
O treinador português também rebateu as críticas que se voltaram contra o seu trabalho, devido às eliminações que deixaram claro uma queda de rendimento da equipe. Desta forma, Ferreira deixou bem claro que não há um fim de ciclo no Clube e apontou o fim de seu contrato, em 2025, como data para pensar em tal situação.
Desabafo do comandante
Durante a conversa bastante reflexiva com os jornalistas, Abel citou treinadores consagrados no futebol europeu para explicar como tem encarado as polêmicas que cercaram a Academia de Futebol recentemente.
“Temos uma presidente que sabe mais do que tudo que o futebol é um jogo. Pode ser igual o São Paulo que ganhamos no último segundo, como no último segundo pode bater na trave e sair fora. Não é isso o que vai definir um bom treinador ou um mau treinador”, iniciou o treinador.
“Vocês têm o exemplo do Klopp. Oito anos no Liverpool, ganhou Oito anos no Liverpool, ganhou oito títulos, e um ano disse chega, o ciclo fechou. Temos o Simeone, no Atlético de Madri há 12 anos. Ganhou seis ou sete títulos e continua. Vamos trocar porque pediram que a gente troque? Ou porque não acreditamos no trabalho que está sendo feito?”, concluiu.
Conselho do técnico do Real Madrid
Sobre uma possível saída do Verdão, novamente deixou nas mãos da direção: “Quem tem que decidir é nossa presidente e nosso diretor. São eles que têm essa decisão, portanto vamos dar continuidade ao nosso trabalho. Há muita coisa pra fazer, há muito para melhorar dentro do clube. A vida do jogador é igual a nossa vida pessoal, não anda sempre para cima”.
Para finalizar, expôs o que acredita ser sua principal função e citou o conselho do técnico Carlo Ancelotti sobre uma postura de certo desapego em situações que geram crise no esporte: “Não sou eu que chuto, que passo, defendo, cruzo ou faço gol. A função do treinador é dar as coordenadas. No final de contas, quando não se ganha, ou quando os resultados não aparecem, quando temos que trocar alguma coisa, acaba sempre com o treinador. Aqui no Brasil nós sabemos disso. Mas dentro do clube sabemos o quanto trabalhamos. Umas vezes vamos ganhar e outras vamos perder e empatar. Seguir o conselho de Carlo Ancelotti e não levar o futebol tão a sério”.