Abel não se calou
O Palmeiras voltou aos gramados no último domingo (4) e após desvantagem no marcador desde a primeira etapa no duelo contra o Inter, no Beira-Rio, conseguiu o empate com um gol de Rony no final da partida.
O camisa 10 garantiu o importante ponto conquistado fora de casa e ainda ganhou comparações olímpicas do treinador Abel Ferreira, que usou o exemplo da norte-americana Simone Biles, para explicar a situação de Rony.
A entrevista coletiva do treinador do Palmeiras contou com muitos detalhes expostos pelo treinador, como, por exemplo, o impacto que a atual janela de transferências teve no elenco, com propostas mexendo com alguns atletas, bem como adaptações dos recém-chegados palestrinos.
Porém, o que chamou muito atenção no depoimento do treinador foi seu desabafo sobre as críticas. Isso porque o português se sente desrespeitado após uma avalanche negativa ter sido apontada sobre o momento do Clube.
Cornetagem ao Verdão passou dos limites
“Aqui criam-se notícias, dizem que as lideranças isto e aquilo. Só para gerar notícia. Isto é falso, ruim, um jornalismo raso, baixo. Parece que cheguei aqui há quatro dias. Estou no futebol brasileiro há quatro anos, não há quatro dias. Não preciso que falem bem de mim, só quero que me respeitem. O que fazem os jogadores e direção comigo é o que exijo dos outros. Respeito, porque se não me respeitar, não vou respeitar quem não me respeita.”, disparou o treinador.
“Infelizmente, eu conheço muito bem quem faz o jornalismo sério. Eu não estou dizendo que sou perfeito, não estou dizendo que acerto em tudo o que faço. Olhando para o passado recente, acho que tenho acertado mais do que aquilo que tenho errado, mas peço desculpas pelos erros que cometi. É que parece que são todos perfeitos. Só os que estão à frente do futebol, o treinador, os dirigentes e os jogadores é que são os incompetentes, concluiu”.
A hora da verdade no Palestra
O treinador fez questão de ressaltar seu trabalho no Clube: “Neste momento vemos quem está ao nosso lado, quem quer continuar a pertencer e ajudar este grupo a continuar a ganhar. A força tem que vir de dentro, o todos somos um não pode ser só na vitória. O treinador é o máximo responsável, mas aqui dentro todos temos responsabilidades. Do porteiro que abre a porta a presidente. O treinador tem a máxima informação, tem como função escolher os jogadores para jogar. Esta é minha função, quer gostem ou não gostem. Quem tem a informação toda sou eu, não é nem jornalista, nem torcedor, nem oportunista. Esta é nossa função”.
O treinador finalizou afirmando que a atual temporada, por todos os detalhes já expostos, será de muitas barreiras para o elenco e revelou o que já alertou para o grupo palestrino: “Volto a dizer: darei sempre a cara para defender meus jogadores, darei sempre a cara quando for preciso, como sempre fiz, mas volto a dizer: muita coisa aconteceu ao mesmo tempo. E volto a dizer: este ano, vai ser contra tudo e contra todos. Este ano, já preparei os jogadores para isso: vai ser contra tudo e contra todos”.