Nesta quinta-feira (2), o atacante Deyverson participou do podcast Flow Sport Club e durante a entrevista foi surpreendido pela ‘invasão’ do ex-jogador Zé Roberto. Enquanto o herói do Tri Alviverde comentava um vídeo de seu parceiro de Verdão dos tempos entre 2015 e 2017, que passava no telão, Zé Roberto entrou no estúdio e fez um discurso com revelações emocionantes, sobre a carreira de Deyvinho e momentos difíceis compartilhados no Palestra.

Foto: Reprodução Flow Sport Club
Foto: Reprodução Flow Sport Club

Ao começar a falar, Zé Roberto logo expôs que, assim que soube da participação de Deyverson no programa, fez questão de encontrá-lo, para homenagear o jogador. No depoimento, o medalhão abriu o jogo sobre quando precisou receber Deyverson em seu quarto, constantemente chorando, por conta da pressão.

Zé Roberto afirmou que quando Deyverson chegou ao Verdão, percebeu que deveria acolher o jogador nas concentrações, para que o então jovem, pudesse receber uma atenção diferenciada, com aconselhamentos e apoio. A informação é do Uol Esporte.

Foto: Flixkr Oficial Sociedada Esportiva Palmeiras

Confira o depoimento de Zé Roberto na íntegra:

“Quando me falaram que ele estaria aqui não vim para homenagear, quis trazer a memória e a esperança. Quando eu recebi ele no clube, eu concentrava sozinho e toda noite eu parava para fazer uma oração. Eu sentia no meu coração de convidar ele para o meu quarto, mesmo sem o conhecer. Eu falei pra ele no meu quarto: ‘Deus te trouxe pro Brasil, te trouxe para esse clube para te honrar’. Ele não entendeu muito aquilo que eu falei, mas hoje está se cumprindo uma oração de um coração aquebrantado, e de um cara que tem um coração enorme.

Ele passou uma fase dentro do clube que as lágrimas, só ele derramou, porque é difícil ser um jogador, receber críticas e não poder se manifestar. O seu manifesto é dentro do seu quarto chorando. Eu senti isso em um dia que eu estive em uma função, onde me colocaram como assessor técnico, mas eu não exercia essa função, eu era um amigo, um mentor, um conselheiro. E alguém da diretoria disse que eu precisava chamar o Deyverson e aconselhar porque ele estava prestes a sair do clube.

As primeiras pessoas que eu identifiquei que poderiam me ajudar no processo foram três pessoas importantes da vida dele: irmão, pai e mãe, que sempre iam visitar ele no CT. Eu chamei o irmão dele e perguntei o que a gente podia ajudar, o que o Deyverson era para ele. Ele me respondeu dizendo que o Deyverson não é só irmão, era amigo e tem um coração enorme. Perguntei ao pai e ele disse que é o coração que eu já conhecia.

A mãe dele disse que o Deyverson era um menino que desde pequeno precisava de muita atenção. Essa aproximação que sua família me falou… eu me identifiquei com você, porque é um processo que só você sabe que precisava passar. Chegou em um clube sem amigos, rejeitado, desconhecido e a pessoa que se aproximou de você foi a que menos você esperava. Isso foi uma transformação na sua vida. Não fui só seu companheiro dentro de campo, fui seu pai, sua mãe e seu irmão”.