Todo palestrino guarda na memória mais afetiva possível o elenco comandado por Felipão, entre 1999 e 2000, época em que o Palmeiras teve dois embates históricos contra o Corinthians, pela Taça Libertadores da América. Na disputa da vaga na final do torneio continental, em 2000, os bastidores da Academia pegaram fogo com uma bronca espetacular de Scolari no time.
Argel Fucks, era o zagueiro do Verdão naquela oportunidade e trouxe os bastidores da famosa palestra que teve Felipão bradando: “Vocês têm que ter raiva dessa p** de Corinthians”. Durante o programa Resenha ESPN, o jogador deu detalhes da estratégia do treinador. O Palmeiras se preparava para a segunda partida da decisão da vaga, no primeiro duelo, a equipe de Scolari perdeu por 4 a 3. O fato do Alviverde sofrer a derrota após sair de um placar adverso de 3 a 1 e depois empatar, deixou Felipão inconformado. No jogo decisivo, O Maior Campeão do Brasil conseguiu vencer por 3 a 2 no tempo normal e superar o arquirrival nos pênaltis. Argel deu detalhes do ambiente que cercou o Palestra antes da vitória.
“Trabalhar com o Felipão foi uma coisa fantástica. Eu vim pro Palmeiras para ganhar a Libertadores. O time do Corinthians tecnicamente era melhor que o do Palmeiras, tinha Edilson, Marcelinho, Vampeta, Dida…, mas eles não tinham o Felipão, porque o Felipão que criava o clima”, disparou Argel, para na sequência, expor como saiu a célebre frase eternizada pelo treinador.
”Antes da Libertadores ele falava: ‘A gente tem que ter raiva do Corinthians’, aí o Felipão chegou depois no CT, tirou todos os seguranças, deixou a imprensa chegar, sentou todos os jogadores e começou: ‘Por que vocês não dão um tapa na cabeça do Marcelinho? Um soco no Rincón? O que está acontecendo? Vocês têm que ter raiva do Corinthians'”, declarou Argel, que hoje é treinador da Chapecoense.
Entre os jogadores, o choque de Scolari surtiu efeito e Argel conta como foi a reação dos jogadores do Palestra: “Aí a gente até falava :’Se ganharmos esse jogo, é como se fosse campeão. Nós chegamos no Morumbi e cada vez que a gente pegava na bola, os corintianos apitavam pra causar terror’. Aí a gente conseguiu aquela virada, foi uma coisa histórica”, completou o zagueiro que deixou o Verdão em 2001.