O Palmeiras tem se consolidado como formador de atletas nos últimos anos. Assim, Patrick de Paula, Danilo, Gabriel Menino, Renan entre outros atletas estão ganhando cada vez mais espaço no time titular e no coração do torcedor alviverde.

(Foto: Andre Penner – Pool/Getty Images)
(Foto: Andre Penner – Pool/Getty Images)

Um dos responsáveis pela maturação dos jovens volantes Patrick de Paula e Danilo, o ex-técnico das categorias de base do clube, Wesley Carvalho, concedeu entrevista para o Uol Esporte nesta terça-feira (5). O ex-Palmeiras afirmou ser responsável pela nova função de ambos e contou histórias sobre essa situação.

“É difícil convencer um jogador, no fim já de sua trajetória na base a recuar (…)Você chegar para um cara que é 10 é falar: você agora é cinco. ‘Pô, então eu vou ter que marcar, agora?’, normalmente, eles dizem (..) Não foi fácil. O PK —apelido de Patrick— é aquele estilo carioca, jogava nos campos da favela. No time do bairro dele, o Cara Virada, jogava com a 10. E ele cresceu jogando na rua, onde, o prazer é você driblar, dar uma caneta, um chapéu”, argumentou.

(Foto: Douglas Magno/Getty Images)

Wesley comentou que o começo de Patrick no Palmeiras não foi fácil, mas que viu o jogador atuando em outra função que não a de ’10’. Além disso, usou um dos casos do futebol brasileiro para ilustrar ao jovem meio-campista, que uma nova função cairia bem. Além disso, relatou como foi essa primeira experiência.

“Aí, eu falei para ele: se o Gerson joga de 8, porque você não poderia? (…) A gente estava na Holanda, no Torneio de Terborg. E eu fiquei sem meu primeiro volante” (…) Aí, cheguei para PK falei: eu vou te trazer para primeiro volante (…)Quando voltamos, ele não foi só meu 5, mas também meu capitão. Patrick foi meu jogador mais inteligente no campo, consegue enxergar tudo”, avaliou Wesley.

Além disso, Wesley contou um fato parecido com Danilo. O ex-técnico revelou que o jogador tinha o apelido de Neymar nas categorias de base e que chegou a testar o agora volante, primeiro como lateral-esquerdo. Mas, que logo depois achou uma nova função.

“A primeira coisa que eu fiz foi mandar ele parar com isso, esquecer esse negócio de Neymar – apelido dado para o jogador na base – (…) Houve um jogo em que só estava com um lateral-esquerdo, que era o Lucas Esteves, que hoje está no futebol dos EUA (…) Eu experimentei o Danilo na lateral, mas não deu certo. Depois, puxei para segundo volante, e ele correspondeu. Até que encaixei como primeiro volante e deu ainda mais certo”, disse.